Em entrevista ao Correio sobre o não comparecimento da servidora pública Tatiana Thelecides Fernandes Machado Matsunaga, 41 anos, — atropelada no Lago Sul pelo advogado Paulo Ricardo Moraes Milhomem, 37 — na primeira audiência sobre o caso, o advogado de defesa da mulher, Frederico do Valle Abreu, informa que ela foi dispensada pelo juiz a pedido da defesa, em concordância com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). O atropelamento ocorreu em 25 de agosto de 2021.
O motivo é o estado de saúde da servidora, que ainda não é bom, pois, segundo o advogado, "ela não tem condições de falar sobre absolutamente nada, e tem vai e vem na memória, estando tudo ainda muito instável". O jurista explica que a cliente está em cadeira de rodas, ainda com dores, com uso de medicamentos, com as funções comprometidas e calota craniana ainda aberta em decorrência do acidente.
"(Ela) perdeu função de boa parte da visão de ambos os olhos de forma irreversível", relata. Segundo o advogado, provavelmente Tatiana vai voltar a andar, mas não se sabe se o tratamento e acompanhamento médico vão alcançar todos os resultados, pois a progressão é demorada. "O mais importante agora é cuidar do estado emocional e psíquico dela", pondera o defensor da servidora.
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Audiência
Frederico do Valle Abreu, advogado de defesa de Tatiana Thelecides Fernandes Machado Matsunaga, 41 anos, explica que o juiz vai analisar dois fatores: se há comprovação do fato e houve indícios de autoria da agressão. "Além do vídeo, que está bem claro, temos a testemunha ocular, que é o marido da Tatiana, que vai ser ouvido também, porque presenciou tudo isso", comenta.
O jurista tem a esperança de que, em breve, haja a pronúncia, e o advogado Paulo Ricardo Moraes Milhomem seja encaminhado ao plenário do Juri. "Isso vai ser visto pelo judiciário como tentativa de homicídio mesmo, de motivo fútil", opina.
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