Protesto

Enfermeiros protestam por isonomia salarial em frente ao Palácio do Buriti

Secretário-geral do SindEnfermeiro-DF, Jorge Henrique de Sousa e Silva Filho disse que a categoria está em diálogo com o governo para negociar proposta salarial

Carlos Silva*
postado em 29/03/2022 12:44 / atualizado em 29/03/2022 12:44
Manifestantes ocupam pista que dá acesso ao Buriti -  (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
Manifestantes ocupam pista que dá acesso ao Buriti - (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

Cerca de 300 enfermeiros se reuniram na manhã desta terça-feira (29/3) em frente ao Palácio do Buriti. O protesto, organizado pelo Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal (SindEnfermeiro-DF), reivindica isonomia em relação ao salário dos dentistas, que, atualmente, é maior que o dos enfermeiros. Em determinado momento, o grupo chegou a ocupar a pista que dá acesso ao Buriti, mas for dispersado e voltou para a Praça do Buriti.

O secretário-geral do SindEnfermeiro-DF, Jorge Henrique de Sousa e Silva Filho, disse que a categoria está em diálogo com o governo para negociar proposta que atenda aos profissionais. “Foram feitas algumas assembleias para discutir essa situação. Desde 2013, quando houve reestruturação da carreira, o salário dos enfermeiros ainda é menor que o dos dentistas. E a proposta do governo é muito aquém do que reivindicamos”, avalia.

Uma das participantes da manifestação, a enfermeira Simone Silva, 52 anos, diz esperar que o ato chegue ao governador e que haja resposta efetiva para a categoria. “Só queremos respeito. Espero que o ato sensibilize o governador sobre a nossa situação. Fomos a linha de frente na pandemia, não podemos ter salário inferior ao de outra categoria”, afirma.

Enfermeiras que não quiseram se identificar demonstraram indignação com a situação atual dos profissionais. “A categoria está há muito tempo defasada. Ninguém repara a nossa situação, sendo que os enfermeiros seguram o sistema de saúde do DF. Muitas vezes também trabalhamos em situações insalubres. Além disso, tem enfermeiro apanhando. O governador não nos dá condições e a população se revolta conosco”, argumenta.

A reportagem do Correio tentou contato com o Governo do Distrito Federal para saber seu posicionamento em relação às reivindicações dos enfermeiros, mas não obtive resposta até o fechamento desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.

*Estagiário sob a supervisão de Nahima Maciel

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