Vesta, a máscara de proteção contra o novo coronavírus, feita por pesquisadores de diferentes cursos da Universidade de Brasília (UnB), foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Com o aval, o equipamento de proteção individual (EPI) está pronto para ser produzido em escala industrial.
Uma das desenvolvedoras da Vesta é a professora Graziella Anselmo Joanitti, que dá aulas no Programa de Pós-Graduação em Ciências e Tecnologias em Saúde da UnB. Ela informa que foi feita a transferência tecnológica para a indústria, por iniciativa privada. "A empresa Life Care Medical Indústria Comércio licenciou a tecnologia e recebeu o registro da Anvisa para disponibilizar a Vesta para comercialização", afirma a docente.
O respirador Vesta é do tipo PFF2 (ou N95, na nomenclatura estadunidense) e conta com três camadas, sendo uma filtrante, recoberta por nanopartículas de quitosana (uma molécula natural derivada da carapaça de crustáceos).
"Agora é esperar os ajustes de ordem industrial para disponibilizar para os sistemas de saúde e comunidade em geral", comemora a professora Graziella, que comenta sobre o material da máscara. "O respirador facial Vesta possui quatro camadas, sendo uma delas constituída de um elemento filtrante recoberto com nanopartículas a base de compostos naturais biocompatíveis e biodegradáveis", detalha.
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Equipes de saúde do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), na linha de frente de combate à covid-19, fizeram uso da máscara para avaliação do desempenho. O EPI foi usado em ensaios clínicos e aprovado nos quesitos de conforto e usabilidade. Uma parte das amostras também é enviada para a sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Recife (PE), para a realização de análises complementares.
O projeto saiu do papel e avançou graças a doações e financiamento em edital conjunto do Comitê de Pesquisa, Inovação e Extensão de combate à covid-19 (Copei) e dos decanatos de Pesquisa e Inovação (DPI) e Extensão (DEX) para viabilizar ações da UnB de enfrentamento à covid-19.