A ativista cultural Margô Oliveira chegou a Ceilândia em 1974, vinda de sua terra natal, Minas Gerais, ainda criança. De lá para cá, testemunhou a precária região se tornar uma cidade urbanizada e populosa. "É um caso de amor. Aqui, cresci, estudei e criei meus filhos. Ceilândia significa essa força, com gente de todos os lugares. É a cidade que acolhe quem chega, lugar de resistência", descreve.
Margô é figura importante para a cultura da maior cidade do Distrito Federal. Ao longo de três gestões, passou nove anos como integrante do Conselho de Cultura de Ceilândia. Entre os projetos que tocou, teve o Romaria Poética, que levou oficinas de literatura, cordel, teatro de mamulengo e apresentações de poesia e musicais para escolas e espaços públicos da cidade, como feiras e praças.
Com foco na cultura popular, a iniciativa, que teve a última edição no fim do ano passado, levou ritmos tradicionais para a população carente, como bumba meu boi, cavalo-marinho, coco, maracatu e ciranda.
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"A gente tem um potencial artístico muito grande e eu espero que os governantes olhem com mais carinho para esse povo e ofereçam a ele o que merece, como acesso à saúde e cultura. Ações precisam ser criadas, com escolas melhores, mais professores"... Ceilandense de coração ela destaca: "O tempo todo juntamos forças para seguir em frente. Isso que me inspira. Ceilândia me inspira esperança".
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