A Feira Central de Ceilândia é uma grande concentração de energia dentro do organismo da cultura do DF. Símbolo da cidade, o centro comercial reúne 465 bancas e atrai milhares de pessoas entre quarta-feira e domingo, interessados pela variedade de produtos ofertados e pela culinária perfeita para os apreciadores da comida nordestina. Aos fins de semana, o movimento chega a 5 mil pessoas.
Filho de pai cearense e mãe piauiense, Francisco Pinho de Souza, o Chiquinho, começou a trabalhar na feira com o pai, ainda nos anos 1980. Hoje, ele tem uma banca própria, aberta em 1996, cuja especialidade é o mocotó, "comida forte, que dá sustância", como ele descreve. "Muita gente vem à feira no domingo de manhã, depois da farra, para comer não só o mocotó, mas também o sarapatel, dobradinha, cuscuz… é a cura da ressaca", conta o feirante.
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Chiquinho é fã de rock, ritmo que pode ser escutado numa caixa de som no seu ponto de venda, chamado Rei do Mocotó, no qual emprega mais duas funcionárias. O forró, claro, também entra na trilha sonora. "O que temos aqui, em termos de cultura, é na base da luta. Espero que um dia isso mude e tenhamos mais espetáculos de música e teatro na cidade."
*Estagiário sob a supervisão de José Carlos Vieira
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