Os moradores de São Sebastião receberam, na manhã desta sexta-feira (11/3), o contrato de concessão de uso em regime probatório, de imóveis do Assentamento 15 de Agosto. A cerimônia foi no Núcleo Rural Capão Comprido, na Área Comunitária 1 da cidade.
Além dos documentos, o governador Ibaneis Rocha (MDB) entregou a pavimentação de 2 km da estrada de acesso ao Núcleo Rural Capão Comprido, com a construção de mais 2 km de calçadas. A região recebeu a instalação de postes de iluminação pública entre a Escola São Bartolomeu e o final do asfalto, além da substituição de lâmpadas antigas por outras de LED.
Durante o evento, alguns manifestantes seguravam faixas com pedidos de regularização de outros assentamentos rurais. Um deles era Honório Fernandes, 46 anos, coordenador-geral do Movimento Social de Trabalhadores Rurais de Tiradentes (MSTR), que está há 11 anos acampado na região, em um terreno de 6 hectares, que abriga 130 famílias. "Estamos sem nenhuma resposta do governo, mas a administração disse que está tentando agilizar ainda este ano", afirma.
Perguntado pelo Correio, o chefe do Executivo local argumentou que faz o maior processo de regularização fundiária da história do DF. "A Seduh (Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação do DF), através do secretário Mateus (Oliveira), tem trabalhado constantemente para que a gente emita os decretos que possibilitem a organização e a regularização dessas áreas", explicou o governador. No discurso, Ibaneis garantiu aos moradores que "está trabalhando para atender a todos que estão na fila".
Projetos preliminares de licença ambiental para continuação do asfalto até o final da estrada, passando pelo Assentamento 15 de Agosto, devem ser encaminhados ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER) pela administração regional da cidade até segunda-feira.
Praça Bela Vista
Em seguida, o chefe do Executivo local realizou a entrega da reforma da Praça Bela Vista, com investimento de R$ 315 mil, que resultou na instalação de dois papa-lixos e lâmpadas de LED. A praça, criada em 2010, atende os moradores dos bairros Bela Vista, Capão Comprido e Bosque.
Apesar da novidade na região, a atendente de uma loja de material de construção da praça, Angela Alves da Paixão, 53, agradeceu a inauguração da obra, mas analisa outras prioridades para a população da cidade. A comerciante destaca que seria mais importante ter médicos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde ela diz encontrar dificuldade. "Antes da pandemia, demorava meia hora para sermos atendidas, mas agora não tem médicos", denuncia. Angela relembra quando levou a filha, de 22 anos, para tratar de uma febre alta. "Demorou demais, cerca de 1 hora, e ela não foi atendida", detalha.
Perguntado pela reportagem durante entrevista à imprensa, o chefe do Executivo local argumentou que faz o maior processo de regularização fundiária do Distrito Federal. "O atendimento à saúde não é nenhuma novidade que se tem dificuldade, e só se agravou com a pandemia", confessa. "O que temos que fazer agora é recuperar esse sistema de saúde, (pois) discutimos sete UPAs aqui no Distrito Federal, que atendem em torno de 40 mil pessoas por mês desafogando os hospitais", detalhou Ibaneis.
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