Sofisticação e conforto

Correio Braziliense
postado em 11/03/2022 00:01

Aguardado desde o final do ano passado, há duas semanas, o Marie Cuisine abriu as portas na esquina de baixo da 103 Sul — sofisticado bistrô franco-italiano que consegue ser a um só tempo chique e acolhedor. Não falta quem garanta o alto nível do serviço: quatro experientes cozinheiros e uma equipe afinada, sob a orientação do idealizador da casa, o empresário e restaurateur paulistano Carlos Rodrigues, conhecidíssimo Carlão, fundador do Papà Cucina e do Babbo Osteria ao lado do pai, José Carlos Rodrigues, que também foi cozinheiro do consagrado Ca d´Oro, em São Paulo.

O apego do Marie (nome dado em homenagem à filha caçula de Carlão) à tradição começa na estrutura do cardápio que contempla clássicos franceses e pastas italianas. "Só com foie gras, temos quatro sugestões", ressalta Carlão, que está buscando opções para oferecer escargô, caracóis terrestres de concha espiralada, cozidos em molho de manteiga, alho e salsa, como na Borgonha; ou cebola, louro e manjerona, considerada uma das iguarias mais apreciadas da culinária francesa. "Será a próxima atração da casa", promete o restaurateur, que entre as grifes Laurent e Fasano, ícones da capital paulista, trabalhou em navios de cruzeiro da Costa Crociere, na rota do Mediterrâneo.

Só iguarias

São destaques do menu os coquilles Saint-Jacques, como os franceses chamam vieiras que vem com molho de champanhe, aspargos e purê de maçã verde (R$ 159); o polvo defumado no carvão com arroz selvagem e banana da terra à milanesa (R$ 137); o confit de pato cozido na própria gordura servido com nhoque de batata baroa na manteiga e sálvia (R$ 149); e o cassoulet com costelinha suína, linguiça fresca e defumada pato gratinado (R$ 98).

De inspiração italiana, são os antepastos servidos com figos frescos flambados; burrata ao forno e massas frescas, como fagottino recheado com queijo de cabra e pera, com molho de manteiga de avelã e crocante de presunto de parma (R$ 85) ou o ravióli de cordeiro com molho cremoso de abóbora e fonduta de queijo (R$ 89), além dos risotos. Tem de shimeji ao champanhe com lagostins (R$ 130); de funghi porcini e molho de trufas (R$ 91) e arroz de pato (R$ 87).

No meio do verde

Os fogões estão sob o comando do chef cearense Manuel Mendonça, 57 anos, que, desde jovem, trabalhou em São Paulo com grandes nomes da gastronomia, como Erick Jacquin, daí ter se especializado na cozinha francesa, e do chef Pety, responsável pela pegada italiana que domina desde os tempos do Gero. Ainda no comando, o chef Theo Marques, que junto com a mulher Lili Araújo, pâtissière responsável pelas sobremesas, integram a direção do negócio na condição de parceiros dos Rodrigues, pai e filho.

O projeto é do Studio Brick Arquitetos e além do salão, com adega de mais de 100 rótulos, há um bar na calçada, mesas no jardim lateral e nos fundos, um gazebo ecológico que é um convite para estar ao ar livre. Funciona todos os dias no almoço e no jantar; aos domingos, atende até as 17h. Reservas: 2411-3437.

Adiós, muchachos!

Tango, Malbec, doce de leite e a inigualável carne argentina, agora, estão mais perto dos brasilienses. A partir de 5 de abril, Aerolineas Argentinas põem no ar a rota Buenos Aires/Brasília/Buenos Aires em quatro voos diretos semanais (terças, quartas, sábados e domingos) que "abrem mais uma porta internacional para a cidade", afirmou a secretária de Turismo do DF, Vanessa Mendonça (D), durante o anúncio da retomada da aérea portenha  —  que esteve ausente do Brasil por seis anos —, feito na embaixada da Argentina, ontem. O embaixador Daniel Scioli (C) destacou que a iniciativa "fortalece a integração entre os dois países em todas as áreas". O voo direto entre as duas capitais terá a duração de três horas e meia.

O pulo do gato

Com 25 anos de experiência, o chef brasiliense Diego Koppe (foto) inicia, na escola que leva o seu nome (316 Norte, Bloco F, Ed. Apollo Center, salas 81/85), aulas de cozinha sobre massas frescas, molhos, risotos e, sobretudo, técnicas culinárias capazes de transformar o mais leigo aprendiz em mestre cuca. "A aula tem duração de 3 horas, durante as quais os alunos recebem a teoria, a prática — participando da elaboração da receita — e da degustação do prato", informa o mestre, formado em hotelaria e enogastronomia italiana pelo Instituto de Culinária Italiana para Estrangeiros (ICIF). Koppe, que trabalhou em diversos restaurantes da cidade e foi dono do Babel, não se limita à gastronomia italiana — ele faz parte da diretoria da Federação Italiana de Chefs (FIC) nacional — e promove cursos, a partir de R$ 250, até de sushi. Outra ação são jantares especiais: "A cada quinzena, temos aqui um menu servido às cegas", anuncia. Telefone 9 9891-3769.

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