"Acho que, para pensar e fazer a flexibilização sobre o uso de máscara em local aberto, é preciso levar em conta alguns fatores: a quantidade de casos novos, a quantidade de testes disponíveis, a quantidade de casos graves e a quantidade de leitos disponíveis. É preciso avaliar todos esses fatores para tomar uma decisão. Se tivermos uma ampla testagem e um percentual menor de pacientes com covid positivo, acho que a gente pode retirar a máscara em local aberto. Lembrando que o mais importante é não somente ser um local aberto, mas precisa ser um local com poucas pessoas ao redor. Se houver densidade populacional muito grande, também se torna um ambiente de risco.
Sobre retirar a máscara em local fechado, acho que é muito precoce, até porque a gente ainda não tem um percentual de população imunizada com dose de reforço muito alto — que é o que protege contra a variante ômicron — e também não temos um percentual grande de crianças com a vacinação completa. As crianças estão começando a tomar a segunda dose. Então, ainda temos um um percentual muito grande de população que está desprotegida.
Para isso, a gente precisa garantir uma ampla testagem, que é uma coisa que está cada vez mais difícil para a população. No momento, o mais importante é a gente lembrar que ninguém está sendo obrigado a retirar a máscara. Como o próprio nome diz, a máscara é um equipamento de proteção individual (EPI), então, independentemente da orientação dos gestores e, principalmente, para as pessoas que são do grupo de risco e para as crianças, que já retornaram às escolas, o ideal é manter a máscara".
Ana Helena Germoglio, infectologista do
Hospital Brasília
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