Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, celebrado ontem, o Governo do Distrito Federal (GDF) lançou o "Março Mais Mulher — 2022". O programa terá agenda para todo o mês, com atividades pensadas especialmente para o público feminino, incluindo ações voltadas para a proteção e para o combate à violência de gênero, além da promoção da saúde e o incentivo à autonomia econômica da mulher.
Para a secretária de Estado da Mulher do Distrito Federal (SMDF), Erika Filipelli, a data é representada com duas palavras: reflexão e coragem. Ela afirmou que a celebração é uma maneira de refletir a situação do público feminino na capital e seu posicionamento na sociedade. Para a titular da pasta, a imposição para lutar por outras mulheres que se encontram imersas dentro de realidades incapacitantes é uma questão a ser enfrentada por todas.
A idealização de um cenário melhor se dá pela parceria, não somente da SMDF ao GDF, mas também a inúmeros órgão da capital e outras instituições voltadas ao acolhimento do grupo. "O segredo é a integração de forças. É assim que acreditamos e trabalhamos", comentou a secretária.
O governador Ibaneis Rocha (MDB) destacou que tem trabalhado em todas as áreas para oferecer igualdade de condições sociais para as mulheres do DF. "Não existe dificuldade maior do que ver a questão da violência doméstica: os feminicídios, problemas de empregos e salários diferenciados, discriminação no trabalho, assédio moral e sexual, todas a mazelas que existem em relação às mulheres no seu dia a dia. Nos compete dar instrumentos a essas mulheres e trabalhar ao lado delas", disse, durante a solenidade em homenagem ao Dia Internacional da Mulher e lançamento da agenda Março mais Mulher.
Ibaneis fez questão de presentear cada uma das 60 mulheres que trabalham diretamente com ele — da chefe de gabinete às copeiras — com uma rosa para lembrar a passagem do Dia da Mulher. "Tenho certeza de que, se temos um governo que funciona e mostra resultado, muito é por conta do empenho e da competência de todas essas mulheres," destacou.
Presença feminina
Primeira dama do DF e secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha mencionou o trabalho das secretarias, onde 65% dos servidores são mulheres, e das deputadas, em colaboração à garantia aos direitos das mulheres na Câmara dos Deputados. Mas, segundo ela, ainda há necessidade de implementar legislações que corroborem com o avanço de algumas questões.
Segundo Mayara, 90% dos beneficiários das políticas públicas sociais no DF são mulheres, o que representa autonomia e independência desse público no âmbito familiar. Ganhar a liberdade, ser inserida no mercado de trabalho e se desvencilhar da culpa referente à sobrecarga de ser mãe e dona de casa é uma saída as mulheres conseguirem um novo lugar de destaque, pontou a titular da pasta.
"A gente vive mensurando culpa, se desdobrando, se achando a pior mãe do mundo. Mas temos a vontade de ganhar protagonismo no ambiente de trabalho. Apesar de todas as lutas, somos consideradas o elo, a paz e o amor. Enquanto mulher, faço questão de enaltecer a pauta da maternidade", disse Mayara.
*Estagiário sob a supervisão
de Adson Boaventura
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