"A suspensão da obrigatoriedade é resultado do monitoramento da taxa de transmissão, que tem caído bastante no DF nos últimos dias. No fim do ano passado e no começo deste ano, tivemos uma série de festas clandestinas, que repercutiram no cenário da covid-19. Agora, no carnaval, tivemos, novamente, festas clandestinas — inclusive, bastante escancaradas —, então, estamos esperando um aumento do número de casos nos próximos dias. A partir de uma semana, será possível ver a alta, em duas semanas, os números serão mais expressivos, considerando o tempo de reprodução do vírus. Mas, neste ano, talvez tenhamos uma situação menos pior, porque temos oferta de vacinas para todos. Então, a vantagem é muito grande, se compararmos com o mesmo período do ano passado. É verdade, porém, que não temos bala de prata: a vacina é importante, mas, ao mesmo tempo, precisamos manter a máscara, o distanciamento e a higiene — tudo faz parte do protocolo. Portanto, na minha opinião, deveríamos aguardar mais para retirar a obrigatoriedade do uso das máscaras em, pelo menos, duas semanas. Em ambientes fechados, o item deve ser mantido, mesmo com melhora no cenário pandêmico, porque estamos em pandemia. Precisamos nos cuidar para que este período de emergência acabe. Não tenho dúvidas de que é o que todos queremos.
Walter Ramalho,
professor de epidemiologia
da Universidade de
Brasília (UnB)
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