O Sol e céu aberto levou brasilienses a curtir o feriado de carnaval fora de casa e longe de aglomerações. O Distrito Federal oferece diversos passeios ao ar livre e de graça, como parques urbanos, a orla do Lago Paranoá e a Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida. O aposentado José Teixeira, 81 anos, levou o neto Kaike, 8, para se divertir na Torre de TV. "O carnaval é algo cultural, que vive uma mudança constante. A pandemia não matou o carnaval", destaca José. O menino não dispensou a fantasia.
O garoto fantasiado de dinossauro, segundo o avô, é um exemplo de consciência na hora de adotar medidas de segurança contra o novo coronavírus. "É possível se divertir e se proteger ao mesmo tempo. Veja a alegria dele (Kaike). Ele sempre usa máscara por conta própria, sem precisar que alguém diga para usar, e até alerta algum parente próximo que não usa a proteção", conta José.
Famílias de outros estados aproveitam o feriadão para visitar a capital. Os casais Lucas Pessoa, 24, e Gabriela Luíza, 25; e Wesley, 38, e Suelen Gonçalves, 21, são da cidade mineira de Tiros e viajaram por cerca de sete horas para virem a Brasília pela primeira vez. Na Catedral Metropolitana, os turistas evitaram ficar próximos de outros grupos e estão otimistas quanto ao fim da pandemia. "É possível, sim. Mas só por meio dos cuidados corretos que podemos superar essa era", diz Lucas.
A família Souza saiu do Nordeste e viajou por cerca de 27 horas para passar o carnaval na capital do país, hospedados na casa de parentes, ontem o dia foi de visitar o Complexo Cultural da República e a Esplanada dos Ministérios. Damião, 21, Jucilene, 30, e a filha do casal, Maria, 8, revisitaram as belezas projetadas por Oscar Niemeyer. "Viemos da Paraíba para curtir o feriadão, aqui, em Brasília. Sempre que viemos para cá, nós decidimos fazer esse tour no centro. Pena que o Museu da República está fechado hoje, mas não deixa de ser lindo", ressalta Jucilene.
Lazer
Fabiana, 42, e Zeigler, 43, acordaram cedo os filhos Catarina e Guilherme para passear por alguns pontos turísticos. Primeiro, a família foi à Catedral e, logo após, para o Parque da Cidade, brincar nas instalações do Nicolândia. "Na nossa juventude, a gente sempre vinha aqui ao parque para nadar nos brinquedos. Faremos um tour até o final do dia para eles aproveitarem ao máximo", detaca Zeigler.
Amigas inseparáveis, Adriana Alim, 36, e Lidianne, 35, também aproveitaram a tarde ao ar livre com as filhas. "A gente nunca tem folga do trabalho. As meninas queriam vir para o Parque da Cidade para curtir esse feriado prolongado. Então, nos organizamos no fim de semana e viemos", relata Adriana.
As irmãs Rosângela, 57, Anailma, 37, e Alais, 41, escolheram a Prainha às margens do Paranoá para fugir da rotina. "Durante a semana é correria. Com o lago, aqui, e um bom papo, com uma bebidinha ainda. Melhor coisa, né? A gente fica resenhando, mas a Rosângela mesmo (de máscara) não vai beber para poder dirigir. Nada de imprudência ao trânsito", reforça Alais.
A família Soares, da Estrutural, optou pelo mesmo destino das três irmãs. Franklin, 30, e Ana Paula, 34, saíram de casa decididos a se refrescarem no Lago Paranoá. "Que venha mais momentos assim, em família. Sempre que a gente pode, estamos aqui, até porque Brasília é linda demais, né?", brinca Ana Paula.
*Estagiários sob a supervisão
de Guilherme Marinho
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