Na noite deste domingo (28/2), o advogado Pedro Maurino Calmon Mendes, 83 anos, faleceu em decorrência de complicações da covid-19. Mestre em direito processual penal, ele foi advogado de Joaquim Roriz e atuou na acusação do julgamento de Adriana Vilela. Familiares informaram que ele contraiu a doença poucos dias depois de seu aniversário, que ocorreu no dia 2 de fevereiro.
Um dos filhos do jurista, o também advogado Pedro Calmon, 55, afirmou que o pai, natural de Recife/PE, foi um dos pioneiros de Brasília, chegando na capital federal em 1964. Ele lembra que o pai foi um dos fundadores do Conselho Regional dos Corretores de Imóvel de Brasília. “Somente depois disso ele se formou em direito, pelo Ceub, onde também foi professor”, disse.
Ele qualifica o pai como um homem sério e íntegro, que sempre passou para toda a família valores como a honestidade. “Justo, bom e muito combativo na advocacia. Quando lembro do meu pai, duas palavras vem na minha cabeça, tribuno e justiça, pois a vida dele foi subir nas tribunas e defender suas causas”, afirmou. “Trabalho com ele desde os meus 14 anos. Ele me ensinou tudo o que eu sei na advocacia”, ressaltou.
Reconhecimento
A Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) lançou uma nota neste domingo (28/2) lamentando a perda. “Neste momento difícil e delicado, a OAB/DF e a Caixa de Assistência dos Advogados do Distrito Federal (CAADF) se solidarizam e desejam força, coragem e muita união aos familiares e amigos(as)”, diz a nota.
Emocionado, o advogado de 55 anos disse que a família está confortada, pois sabem que Pedro Maurino Calmon fez tudo que queria durante o tempo em que esteve vivo. Ele deixa três filhos — Annita, Ludmilla e Pedro — e um neto, Felipe. De acordo com Pedro, ainda não foi possível definir o dia e o local do velório e sepultamento, por conta da causa da morte ter sido a covid-19.