Legislação

CLDF debate prorrogação de prazo para renovação da frota de ônibus

Devido à pandemia, empresas de ônibus alegam que fabricantes de veículos diminuíram a produção e que precisam de, em média, 180 dias para renovar a frota

No fim deste mês de fevereiro, 1.106 ônibus teriam que ser recolhidos por atingirem o limite de sete anos em circulação, seguindo o contrato firmado pelo Governo do Distrito Federal com as empresas de ônibus da capital. No entanto, algumas empresas alegaram que as fabricantes de veículos, devido a crise sanitária do novo coronavírus, reduziram a produção e, por isso, não seria possível cumprir o contrato.

Em comissão geral da Câmara Legislativa do DF (CLDF), desta quinta-feira (17/2), ficou estipulado, em uma iniciativa do deputado Chico Vigilante (PT), o prazo da próxima segunda-feira (21/2) para que as empresas apresentem a data para a substituição dos veículos. A medida terá de passar pela análise do plenário da CLDF.

Durante a comissão geral de quinta-feira, as empresas citaram a necessidade de 180 dias para efetivar a troca. Ao longo desse período, poderá haver substituições parciais. No total, o sistema de transporte público do DF conta com cerca de 2,8 mil ônibus e é mantido uma frota reserva de 5%.

Levantamento da comissão aponta que algumas empresas já renovaram 100% da frota dentro do prazo, como a Piracicabana, Pioneira e TCB. No entanto, a Marechal precisa adquirir 356 dos seus 464 veículos. Enquanto isso, a Urbi tem 314 coletivos para trocar e a São José precisa de 448 novos ônibus, além dos 100 que já renovou. Caso o novo cronograma seja aprovado, o distrital Chico vigilante propôs aos empresário “cuidados com a manutenção e a limpeza da frota em circulação”.

Secretário de Transporte, Valter Casimiro pretende enviar uma proposta ao Legislativo nesta sexta-feira. Segundo ele, a pasta aumentará a fiscalização e a vistoria para garantir que os veículos rodem com segurança. Já o diretor do Sindicato dos Rodoviários, João Osório, destacou que “uma frota precária oferece riscos aos trabalhadores, passageiros e ao público em geral”.

Reivindicações

Os metroviários também trouxeram reivindicações para a Comissão. Dirigente sindical, Neiva Lopes, pediu que o metrô fosse contemplado com o subsídio intitulado “tarifa técnica”, que cobre a diferença entre os custos operacionais e a arrecadação com as passagens. “Dessa forma não teríamos discursos pela privatização, pois haveria equilíbrio financeiro”, afirmou.

Com informações da Câmara Legislativa do DF

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