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Universidade passa a exigir passaporte vacinal para entrada em todos os campus

Conselho de Administração aprovou a cobrança do comprovante de vacinação em janeiro; medida já está em prática desde esta sexta-feira (11/02), embora muitas aulas ainda sejam realizadas no modelo remoto

A Universidade de Brasília iniciou, nesta sexta-feira (11), a cobrança do passaporte de vacinação para a entrada em seus blocos. Todos os alunos, professores e funcionários que pretendam entrar em qualquer local da instituição de ensino devem apresentar um comprovante de imunização completo com duas doses ou a dose única.

A decisão foi tomada em 27 de janeiro, em votação do Conselho de Administração (CAD) da UnB. Com 47 votos favoráveis, duas abstenções e nenhuma objeção, a medida começou a valer ontem, 15 dias após a reunião que definiu a exigência. Anteriormente o comprovante era requisitado somente no Restaurante Universitário (RU) e na Biblioteca Central (BCE), mas agora é necessário para todos os edifícios do campus.

Em carta à comunidade, a reitora Márcia Abrahão comentou a decisão. "A ampliação da exigência do comprovante de vacinação mostra a responsabilidade social da UnB. O professor Enrique Huelva (vice-reitor) e eu temos dito desde o início da pandemia: não vamos economizar esforços para salvar vidas. A decisão do CAD tem respaldo jurídico e se justifica dentro dos contornos da autonomia universitária", menciona o texto.

A aluna Maria Eduarda Silva de Miranda, 20, estudante do terceiro semestre de farmácia, reforçou a importância da vacinação e da decisão tomada pelo Conselho Administrativo. "É essencial, simplesmente porque garante uma maior segurança. Com todo mundo vacinado, não é que ninguém vai pegar o vírus, mas aumenta a segurança, além de diminuir a transmissão e os sintomas. Assim, torna a volta do presencial mais rápida", diz a jovem.

Matérias práticas

Com somente algumas disciplinas sendo feitas presencialmente e o restante no modelo remoto, a universidade ainda não teve o retorno integral das atividades presenciais, apenas certas matérias práticas. Para Maria Eduarda, seu curso é um dos que precisavam voltar ao presencial, pois estavam sendo prejudicados no ensino. "Não existe farmacêutico à distância", afirma.

Taísa Dias e Silva, 20, do quarto semestre de história, compartilha a opinião da colega. "Eu estava com muita vontade de voltar presencial, mas meu curso não tem como voltar, já que não tem prática", compartilha. Apesar de confirmar a boa fiscalização nas entradas, a estudante acha que poderia melhorar a disponibilização de álcool em gel e averiguação da temperatura na cabeça.

Entre os docentes, Bruno Leal Pastor de Carvalho, 39, professor do Departamento de História, também reforça a importância do passaporte vacinal, pois, apesar de não ser 100% eficiente, é uma das medidas sanitárias e de segurança mais importantes a se seguir para diminuir os riscos dos servidores, professores e alunos.

Mesmo com algumas aulas presenciais, ele concorda  com a decisão da universidade em postergar o retorno integral, além de acreditar que para isso será preciso uma estrutura maior. "Vem funcionando bem (a fiscalização), porque são poucas pessoas que circulam pelo campus. Só fico em dúvida de como vai funcionar caso a gente voltar ao presencial de vez, acho que precisaria de logística mais robusta para poder solicitar o documento dessas pessoas", opinou.

Já pelos funcionários, um segurança que faz a fiscalização nas entradas do ICC e pediu para não ser identificado disse que acredita na funcionalidade da cobrança de passaporte. De acordo com ele, todos estão colaborando, por isso, apoia a volta dos estudantes para a universidade.

*Estagiário sob a supervisão de Layrce de Lima.

 

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