A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) indiciou o motorista acusado de atropelar e matar um jovem, 25 anos, no Guará 2, em 16 de janeiro. Gerente de uma empresa de gás, Vinícius Couto Farago, 30, responderá pelo crime de homicídio doloso qualificado, quando assume a intenção de matar, e pode pegar de 12 a 30 anos de prisão.
Matheus Menezes foi atropelado na Avenida Contorno da QE 30, pouco tempo depois de descer de um carro de aplicativo. Provas colhidas ao longo da investigação desencadeada pela 4ª Delegacia de Polícia (Guará) comprovaram que Vinícius havia ingerido bebida alcoólica minutos antes de matar a vítima. Os investigadores conseguiram coletar imagens que mostraram o acusado em um bar da região.
"Ele foi indiciado por homicídio doloso, pelo fato de ter assumido o risco de matar. Ainda com a qualificadora, por impossibilidade de defesa da vítima", afirmou, ao Correio, o delegado à frente das investigações, Guilherme Sousa Melo. Em entrevista concedida à reportagem na época, Vinícius chegou a negar que havia bebido e fugiu do local do acidente com medo de ser linchado.
Um vídeo gravado por uma testemunha mostrou, ainda, Vinícius deixando o local com uma garrafa de cerveja na mão. Para a polícia, isso foi uma estratégia para, caso alguém o abordasse, ele falaria que havia bebido depois do ocorrido.
Acidente
O acidente aconteceu por volta das 23h30. Uma testemunha relatou à polícia que lanchava em uma hamburgueria do Guará quando uma mulher passou de carro e avisou que um Fusca branco estava estacionado na QE 40 após se envolver em um atropelamento de pedestre. Ainda em depoimento, a testemunha relatou que o motorista havia fugido sem prestar socorro e estaria em uma distribuidora de bebidas.
Após ser atropelado, Matheus foi socorrido pelo Samu e encaminhado ao Hospital de Base, onde permaneceu internado por três dias. Dado como desaparecido, familiares do jovem só souberam da morte dias depois.