Procura

Suspeito de matar mãe e filha em córrego era amigo de Lázaro Barbosa

Jeferson Barbosa dos Santos, de 26 anos, é procurado pela polícia. Ele é apontado como o principal acusado de assassinar Shirlene Ferreira da Silva, de 38 anos, grávida de 4 meses, e a filha, Tauane Rebeca da Silva, 14

Apontado como o principal suspeito de assassinar mãe e filha em um córrego do Sol Nascente, Jeferson Barbosa dos Santos, de 26 anos, era amigo de Lázaro Barbosa — criminoso que cometeu uma chacina em Ceilândia e matou quatro pessoas de uma mesma família. O homem é procurado pela polícia.

Shirlene Ferreira da Silva, de 38 anos, grávida de 4 meses, e a filha, Tauane Rebeca da Silva, 14, foram encontradas sem vida na tarde de 20 de dezembro do ano passado (leia Relembre o caso). Os corpos estavam parcialmente cobertos por folhas. Após uma intensa investigação, policiais civis da 19ª Delegacia de Polícia (P Norte) identificaram o homem acusado de cometer o duplo homicídio.

Morador do Sol Nascente, Jeferson era conhecido pelas pessoas da região principalmente pela amizade que mantinha com Lázaro. Os dois chegaram a trabalhar juntos em serviços de carroceria e há a hipótese que tenham cometido crimes juntos, como roubos e furtos. “Um dos celulares encontrados com o irmão do autor, inclusive, foi roubado pelo Lázaro. Ao longo das investigações, várias testemunhas trouxeram essa informação para nós”, detalhou o delegado frente do caso, Thiago Peralva, adjunto da 19ª DP.

Polícia Civil/Divulgação - Polícia divulgou a foto de Lázaro Barbosa de Souza, que teria cometido triplo homicídio - (crédito: PCDF/Divulgação)

Assim como Lázaro, Jeferson também conhecia muito bem a região. O córrego onde mãe e filha foram mortas foi no mesmo local onde Lázaro matou Cleonice Marques. À época, a mulher foi sequestrada, estuprada e assassinada com um tiro na nuca.

Identificação


Testemunhas oculares afirmaram à polícia terem visto Shirlene e a filha indo rumo ao córrego. Uma outra testemunha relatou que, no mesmo horário e no mesmo dia, Jeferson desceu para o mesmo local. “Toda vez que desce uma pessoa para o córrego, os cachorros latem. Essas testemunhas só repararam que o autor tinha descido, porque os cachorros latiram. Ele desceu e não mais retornou. Depois disso, ninguém mais passou ali”, afirmou o investigador.

Na região, Jeferson se auto intitulava como o “cara que se dava bem com as mulheres do córrego'', fato também determinante para a autoria do crime. “As mulheres que desciam ali, ele investia, com base nos depoimentos colhidos”, acrescentou o investigador.

Shirlene era vista como uma mãe superprotetora em relação à Tauane, mais até do que os outros filhos. Testemunhas informais relataram que para defender os filhos, a mulher era capaz de tudo. Com base nisso, a polícia traçou uma linha de investigação. Segundo o delegado, Jeferson teria tentado “investir” contra a adolescente, motivo pelo o qual Shirlene teria defendido a filha. “Ela foi morta com 37 facadas e foi comprovado lesões de defesa. Acreditamos que, no calor da emoção, ela tenha tentado defender a Tauane.”

Tauane foi encontrada somente de calcinha. O short dela estava a poucos metros do local dos corpos. Apesar disso, não foi possível coletar o material biológico das cavidades sexuais para fazer qualquer confronto, de modo a comprovar se houve ou não violência sexual contra as vítimas.

“Ele foi visto no local do crime, na hora do crime. Analisando essa característica da Shirlene, o laço de afetividade que ela tinha com a menina, acreditamos nessa hipótese: que ele tentou investir em Tauane, mas a mãe foi morta ao defendê-la”, destacou Peralva.

Fuga


Um dia antes da localização dos corpos, em 19 de dezembro Jeferson avisou aos familiares que iria passar o Natal na Bahia e voltaria em 10 dias, mas não retornou. De outro estado, ele ligou diversas vezes para os parentes chorando e pedindo para que rezassem por ele, demonstrando que tinha algo de errado.

“Toda a postura dele após o crime demonstra que teve envolvimento na morte delas. Agora, como realmente aconteceu de fato, isso só ele poderá dizer”, frisou o delegado. Jeferson vai responder pelos crimes de homicídio qualificado, aborto e ocultação de cadáver.

A PCDF pede para que, quem souber do paradeiro de Jeferson, ligue para o número 197 da Polícia Civil. O sigilo é garantido.

Onde pedir ajuda


Polícia Civil
Telefones: 197 (Opção 0) e 61 986-261-197 (WhatsApp)

E-mail: denuncia197@pcdf.df.gov.br

Site: pcdf.df.gov.br/servicos/delegacia-eletronica

Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam)
Telefones: 61 3207-6172/6195 (Asa Sul) e 61 3207-7391/7408/7438 (Ceilândia)

Central de Atendimento à Mulher — 180

Disque Direitos Humanos — 100

Polícia Militar — 190

Centros Especializados de Atendimento à Mulher (Ceams)
Ceam Ceilândia — 61 3371-0256 / 61 991-173-406

Ceam Estação 102 Sul do Metrô — 61 3224-0943 / 61 991-836-454

Ceam Planaltina — 61 3388-4656 / 61 992-026-376

Ceam Setor de Diversões Norte (SDN) — 61 3341-1840

Núcleos de Atendimento à Família e aos Autores de Violência Doméstica (Nafavds)

Endereços e telefones: mulher.df.gov.br/nafavds

Arquivo pessoal - Shirlene Ferreira da Silva, 38 anos, e a filha, Tauane, 14, foram mortas no Sol Nascente. As duas ficaram desaparecidas por 11 dias
Ed Alves/CB/DA Press - Shirlene Ferreira da Silva, 38 anos, e a filha Tauane Rebeca da Silva, 14. Mãe e filha desperecidas. Sol Nascente. Retirada dos Corpos.
Ed Alves/CB/DA Press - Shirlene Ferreira da Silva, 38 anos, e a filha Tauane Rebeca da Silva, 14. Mãe e filha desperecidas. Sol Nascente. Retirada dos Corpos.
Ed Alves/CB/DA Press - Shirlene Ferreira da Silva, 38 anos, e a filha Tauane Rebeca da Silva, 14. Mãe e filha desperecidas. Sol Nascente. Retirada dos Corpos.
Polícia Civil/Divulgação - Polícia divulgou a foto de Lázaro Barbosa de Souza, que teria cometido triplo homicídio - (crédito: PCDF/Divulgação)
Darcianne Diogo/CB/ D.A Press - Thiago Peralva: delegado-adjunto