O senador José Antônio Reguffe (Podemos) tem uma reunião marcada nesta semana com o presidente do PDT, Carlos Lupi, e com o ex-deputado distrital Joe Valle (PDT). Na pauta, possíveis alianças. Lupi convidou Reguffe a se filiar ao partido, mas ele não disse sim. Conversas sobre possíveis alianças estão na pauta.
Veto a quimioterapia oral na pauta do Congresso
O Congresso marcou a apreciação do veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto de lei que trata do custeio por planos de saúde de quimioterapia oral. De autoria do senador José Antônio Reguffe (Podemos-DF), a proposição melhora a vida de quem tem câncer porque obriga as operadoras de saúde privada a autorizarem a medicação em casa. Bolsonaro vetou, mas a reação negativa de entidades defensoras de pacientes foi gigante. Com a palavra, agora, os congressistas. "É muito mais humano para um paciente com câncer tomar um comprimido de quimioterapia de forma oral em casa do que ter que se internar para tomar a quimioterapia na veia. E é, na maioria dos casos, mais barato os comprimidos do que a internação", afirma Reguffe. A sessão conjunta do Congresso foi marcada para terça, às 14h.
2 X 0 para o bonecão
O promotor de Justiça Alexandre Gonçalves, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep), arquivou uma notícia de fato de possível ato de improbidade administrativa envolvendo o vice-governador Paco Britto (Avante). A representação aponta que houve autopromoção quando Paco levou um boneco com a sua imagem em evento no acampamento 26 de Setembro, em Brazlândia, para comemoração dos 25 anos do local. O vice alegou que o bonecão foi usado como uma forma de divertir as crianças e que não foram utilizados recursos públicos. O TRE-DF já havia arquivado uma representação do PSB sobre o mesmo evento com a acusação de crime eleitoral.
Dobradinha
No meio político, o presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente (MDB) ainda é visto como um potencial vice na chapa a ser encabeçada por Ibaneis Rocha. Principalmente se o governador concorrer à reeleição por outro partido, como o PP.
Sem espaço
Sergio Moro já garantiu que não será candidato a nada se não concorrer à Presidência da República. Realmente será difícil. Na corrida ao Senado, o Podemos tem um nome que manda: o senador Álvaro Dias concorre à reeleição. Na disputa à Câmara dos Deputados, Moro concorreria com Deltan Dallagnol. Dividiriam o eleitorado que admira a Lava-Jato. Pode ser que os dois sejam eleitos. Mas é um risco.
Pau que bate em Chico
bate em Francisco
Sem citar o pedido do subprocurador Lucas Furtado de indisponibilidade dos bens de Sergio Moro, o ministro Bruno Dantas, relator do processo no TCU, postou nas redes sociais: "O Direito é produto da cultura e da história (Recasens Siches). Sua régua, assim como a das garantias fundamentais, não muda de uma hora para a outra. A régua aplicada no passado recente precisa ser aplicada no futuro breve, afinal ubi eadem ratio, ibi eadem legis dispositio". Na tradução: "onde existe a mesma razão fundamental, prevalece a mesma regra de direito".
Só papos
"Não deixemos que qualquer um de nós, quem quer que seja que esteja no Planalto Central, ouse regular a mídia, não interessa por que, com qual intenção e objetivo. A nossa liberdade, a liberdade de imprensa, garantida em nossa constituição, não pode ser violada ou arranhada por quem quer que seja neste país"
Presidente Jair Bolsonaro,
na abertura dos trabalhos legislativos deste ano
"E me vem aqui o presidente da República falar em liberdade de imprensa? Esse que tentou fechar o Congresso? Esse que tentou fechar o Supremo? Esse que tentou implementar um golpe contra as instituições no último dia
7 de setembro? O presidente que
mais atacou os profissionais
de imprensa neste país…"
Deputada Érika Kokay
(PT-DF)
Mandou bem
A Secretaria de Saúde do DF abriu processo seletivo para a contratação emergencial e temporária de 100 médicos. As inscrições começaram ontem e vão até quarta-feira. A medida é fundamental para dar um fôlego para profissionais que estão há dois anos na linha de frente da pandemia.
Mandou mal
Passou a ser divulgada nas redes sociais, por um grupo misógino, liderado pelo deputado Eduardo Bolsonaro, a versão de que o desmoronamento que abriu uma cratera nas obras do metrô de São Paulo ocorreu por incompetência feminina, porque o trecho é comandado por equipes de mulheres.
À QUEIMA-ROUPA
Ex-deputado Geraldo Magela (PT)
"Tenho clareza das potencialidades e dificuldades das candidaturas de todos os partidos. Mas eu não tenho dúvidas de que a militância do PT, com uma candidatura forte, vai fazer a diferença
Quando o PT vai decidir se terá candidato ao GDF?
Nós estamos conversando com a direção nacional do nosso partido e aguardando as orientações. Sabemos que nenhum estado poderá decidir sozinho sem olhar a disputa presidencial. E fomos informados de que o Lula e a Executiva Nacional vão acompanhar o debate aqui, como acompanharão em todos os estados. A decisão final deve sair até o início de março, de acordo com a evolução dos debates entre os partidos no plano nacional.
Você quer concorrer?
Sim. Eu quero e estou muito disposto! Quero ser o candidato da nossa Federação. Eu quero ajudar na campanha do Lula e quero ganhar a eleição para governador. Eu tenho uma grande experiência de gestão e acredito poder liderar junto com outras lideranças políticas um governo que resolva os problemas do DF. Além disso, eu penso que será muito bom para a população daqui ter o Lula como presidente e o Magela como governador. Será o melhor momento para a nossa capital.
Sem maioria no diretório e no encontro do partido, como conseguirá viabilizar candidatura?
Eu acreditava que poderia vencer as prévias para escolher o nome do PT. Atendemos o pedido da direção nacional para não fazer a disputa por prévias. E estou seguindo a direção nacional, que continua orientando evitar a disputa e construir um consenso. A direção nacional não autorizou qualquer votação aqui no DF. Eu seguirei todas as orientações da direção nacional e da campanha do Lula. Eu tenho claro, também, que o debate sobre o nome para disputar o GDF deve ser feito com o conjunto dos partidos que vão compor a federação.
Não seria a hora de o PT apoiar alguém de outra legenda?
Devemos estar abertos para analisar a melhor alternativa para a campanha. Nem o PT e nenhum outro partido da federação pode estar fechado ao diálogo sobre todas as alternativas. Eu tenho clareza das potencialidades e dificuldades das candidaturas de todos os partidos. Mas eu não tenho dúvidas de que a militância do PT, com uma candidatura forte, vai fazer a diferença.
Acha que sai a federação com PSB, PCdoB e PV?
Estamos trabalhando para formar a federação e também para ampliar as alianças. Queremos compor também com o PSOL, a Rede, o PROS, o PDT, Cidadania… Se não for possível fazer essas alianças no primeiro turno, que façamos no segundo. O nosso objetivo é vencer a eleição e fazer tudo diferente do que está fazendo o atual governador. Vamos fazer o melhor governo da história do DF em conjunto com o Lula na Presidência.
Os partidos aliados vão exigir espaço.
O que o PT poderia oferecer?
Os partidos que estão dialogando para formar a federação têm excelentes nomes que podem estar em qualquer posição na chapa, inclusive no cargo de governador. Todos nós vamos precisar usar a humildade e a capacidade de compreender o que é mais importante para vencer a eleição. Todos nós deveremos ceder um pouco para formar a melhor chapa, ganhar a eleição e governar juntos.
Enquanto isso...
Na sala de Justiça
Nos últimos 30 anos, apenas um desembargador oriundo do quinto constitucional da OAB assumiu a presidência do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Foi Dácio Vieira, no biênio 2013-2014. Antes dele, o Judiciário local foi comandado por um magistrado oriundo da advocacia entre 1990 e 1992, com o desembargador Valtênio Mendes Cardoso. Agora, os advogados serão novamente representados com a eleição do desembargador José Cruz Macedo, que deve ocorrer nesta terça-feira. Ele concorre sem adversários porque atende ao critério da antiguidade. Vai suceder a partir de abril o desembargador Romeu Gonzaga Neiva, também do quinto constitucional. Mas na vaga do Ministério Público.