A rede pública de saúde do Distrito Federal tem hoje (3/2) apenas cinco leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) vagos para o tratamento da covid-19. Nos hospitais particulares, a situação era menos dramática: havia 26 camas de UTI para a doença. A taxa de ocupação nas unidades públicas chegou a 97,7%, enquanto na rede particular o índice ficou em 80,7%.
No total, os hospitais públicos oferecem 118 leitos de UTI para a covid-19, dos quais três estão bloqueados e 15 aguardam liberação. Das 10 camas públicas pediátricas, apenas duas estão disponíveis. Nos hospitais particulares, o total de leitos de UTI voltados para a doença chega a 139, e apenas um está bloqueado. As três unidades separadas para tratamento de crianças com covid-19 estão ocupadas na rede privada.
O DF vem registrando menos de 10 mortes diárias pela doença desde 18 de novembro de 2021. No entanto, a capital federal está há quatro dias notificando mais de 10 óbitos a cada 24 horas. A Secretaria de Saúde confirmou mais 11 falecimentos, e, entre as vítimas, está um jovem entre 20 e 29 anos. Todos os pacientes sofriam de alguma comorbidade. No total, o Distrito Federal amarga 11.208 vidas perdidas para a doença. Com o registro desta quinta-feira, a média de mortes cresceu 372,7% na comparação com 14 dias atrás e chegou a 10,4 — o maior valor desde 31 de outubro de 2021.
Contágio
A taxa de transmissão do vírus sofreu leve queda em 24 horas e está em 1,19 — comportamento praticamente estável, se considerado o resultado anterior, de 1,2. O índice de contágio mede a reprodução da pandemia, e o resultado atual mostra que 119 pessoas com a doença podem infectar outras 100. O ideal é que o número permaneça abaixo de 1.
Apesar de a taxa de transmissão ter apresentado a nona queda seguida, os casos da doença no DF estão em alta. Foram registradas 7.086 infecções — o terceiro maior valor do ano. Com a atualização, o total de brasilienses infectados chegou a 625.031, dos quais 558.048 (89,3%) são considerados recuperados.
Testagem
Segundo a Secretaria de Saúde, há 597 mil testes para detecção da doença em estoque. “Em algumas UBSs, a distribuição de senhas foi adotada como medida de organização das filas, além de controle da capacidade de atendimento de cada unidade". A secretaria destaca que não há desassistência à população, mas o atendimento em todas as unidades de saúde é realizado por pessoas "que adoecem e se afastam para cuidar da própria saúde”, afirmou a pasta, em nota.
O DF tem 2.407.498 cidadãos imunizados com a primeira dose contra a covid-19, o que representa 78,87% da população total (3.052.546). Com o ciclo vacinal completo, há 2.239.544 pessoas — 73,37% dos habitantes da capital do país. Foram aplicadas 755,763 doses de reforço. Das 268 mil crianças de 5 a 11 anos no DF, 81.310 tomaram o imunizantes.
Saiba Mais