A preocupação com a taxa de ocupação dos leitos públicos das unidades de terapia intensiva (UTI) para tratar pacientes com confirmação ou suspeita de covid-19 segue elevada. Segundo o portal InfoSaúde, da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), a ocupação da rede pública de saúde está em 98,99%, sendo que os leitos adultos e pediátricos atingiram 100% de ocupação.
Os dados da pasta mostram que, dos 118 leitos de UTI covid da rede pública de saúde, apenas um está vago. Outros dois estão bloqueados e 17 aguardam liberação. Além disso, existem 25 pacientes com suspeita ou confirmação de covid-19 aguardando um leito. Dos 115 pacientes à espera de um leito de UTI, 38 estão com suspeita ou confirmação de covid-19.
Na rede privada, a taxa está em 78,83% para pacientes adultos. As unidades neonatais já atingiram 100% da ocupação Dos 37 leitos disponíveis em hospitais particulares, apenas dois são do tipo pediátrico. Com um total de 141 leitos disponíveis para covid-19, a rede privada tem 111 equipamentos ocupados, 29 vagos, e um bloqueado para acomodar pacientes confirmados com a doença.
Fila de espera
A espera causa preocupação aos brasilienses. Nesta quarta-feira (2/2), a Secretaria de Saúde confirmou a morte de uma criança de 1 ano e quatro meses por complicações da covid-19. Ela aguardava por um leito de UTI na rede pública. A pasta confirmou e lamentou o óbito, que ocorreu na noite de segunda-feira (31/1), mas "reafirma as boas práticas e ressalta que não houve desassistência à criança."
Com o progresso pandêmico e aumento de internações, a oferta de atendimento na capital precisou ser renovada. Na última terça-feira (1/1), a rede pública de saúde do DF ampliou novos leitos de UTI, UCI e enfermaria para pacientes diagnosticados com o novo coronavírus.
Cerca de 20 leitos foram acrescidos à UTI no Hospital Regional do Gama e seis unidades pediátricas no Hospital da Criança de Brasília José Alencar. O Hospital Regional de Samambaia, que conta com um espaço alocado para tratar casos referentes à covid-19, também recebeu um aumento de mais 10 leitos em relação ao seu número atual. A unidade já é exclusiva para tratamentos relacionados à pandemia, exceto pela ala da maternidade. O Hospital Regional da Asa Norte, com a nova safra, aumentará a capacidade em até 52 leitos.