O braço de Deysivânia Costa do Rego de Paula, 36 anos, decepado após ela ter caído de uma lancha no Lago Paranoá, no último sábado (29/1), foi encontrado por socorristas do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) na manhã desta terça-feira (1º/2). Ao Correio, o delegado responsável pelo caso, Tiago Carvalho, disse que o membro foi coletado pelo Instituto de Medicina Legal (IML) para que seja feita a perícia.
O caso é investigado pela 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul). O condutor da lancha foi ouvido e o caso é tratado, por enquanto, homicídio como culposo, quando não há intenção de matar. “As oitivas estão sendo agendadas considerando que os passageiros da embarcação são do estado da Bahia e, naturalmente, estão passando por um momento bastante difícil. Em todo caso, em breve essas oitivas serão realizadas e novos esclarecimentos serão feitos”, disse Carvalho.
Entenda
A vítima era de Barreiras (BA) e passava férias com a família em Brasília. No último sábado, Deysivânia Rego estava na lancha com a família, e durante uma manobra para ancorar a embarcação, uma criança caiu na água e a mulher teria mergulhado para resgatá-la. Ela foi retirada da água, mas Deysivânia foi atingida e dilacerada pelas hélices da lancha. Além do braço decepado, a mulher teve lesões graves na região do abdômen.
Os militares do Corpo de Bombeiros contaram que a situação era crítica e ela foi encontrada a cerca de 60 metros da margem do lago. "Segundo pessoas que estavam na embarcação, o condutor da lancha fez uma manobra para posicionar a embarcação. Neste momento, a lancha fez uma movimentação brusca e as pessoas foram projetadas para fora e a embarcação deu uma ré, momento em que feriu a vítima", diz o tenente Marcelo de Abreu, do Corpo de Bombeiros.
O sepultamento foi na manhã desta terça-feira (1/2), em Barreiras (BA), cidade onde Deysivânia morava com o marido e os dois filhos. Tio do esposo de Deysi, o vereador da cidade baiana Ben-Hir Aires informou que o viúvo e os dois filhos de Deysi chegaram a Barreiras na madrugada da última segunda-feira (31/1). Muito abalado, o marido da vítima não teve condições de acompanhar os trâmites relativos ao óbito. “Os irmãos dele, meus sobrinhos, é que reconheceram o corpo”, completou Ben-Hir.