A rede pública de saúde do Distrito Federal mantém a oferta de leitos de UTI, UCI e enfermaria para pacientes com covid-19, mesmo com a alta no número de internações. Nesta terça-feira (1/2), foram mobilizados mais 20 leitos de UTI no Hospital Regional do Gama, seis unidades pediátricas no Hospital da Criança e mais 10 no Hospital Regional de Samambaia. Assim, a unidade passa a ter 50 leitos adicionais de enfermaria para o enfrentamento da pandemia.
O Hospital Regional de Samambaia já é exclusivo para atendimento da covid-19, com exceção da sua maternidade. O Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), por sua vez, chega a 52 leitos de enfermaria exclusivos para o tratamento do coronavírus. Ao todo, o Distrito Federal conta hoje com 95 leitos de UTI ativos, 30 de UCI e 171 de enfermaria exclusivos para a covid-19. Os índices de ocupação estão em 91,5%, 90% e 87,7%, respectivamente.
De acordo com o Secretário de Saúde, General Manoel Pafiadache, a mobilização de novos leitos ocorre conforme o aumento da demanda e envolve a contratação de unidades da rede privada e, se necessário, do Hospital da Polícia Militar. O gestor afirma que a abertura de leitos no DF é diária. Também houve reforço das atividades para o giro de leito, isto é, tão logo haja uma alta ou transferência, as equipes atuam para disponibilizar a vaga para outro paciente.
Para adequar a capacidade da rede ao atual momento da pandemia, a pasta deu início ao reagendamento de procedimentos, como cirurgias eletivas, que possam ser remarcadas: estão mantidos os transplantes e as cirurgias oftalmológicas, cardíacas, ortopédicas e de urgência, além das situações judicializadas. Além da ampliação dos leitos, a medida também possibilita que médicos especialistas reforcem o atendimento hospitalar, além de reduzir o fluxo de pacientes nos hospitais.
O Secretário-Adjunto de Assistência à Saúde, Fernando Erick Damasceno, diz que a pasta está fazendo um plano de retorno para conseguir fazer mais cirurgias e assim colocar em dia a fila de cirurgias. O objetivo é atender tanto à demanda do atual momento, quanto diminuir a fila de espera, que cresceu por conta da interrupção das cirurgias eletivas em 2021.
A medida auxilia a assistência a possíveis casos graves de covid-19: na segunda-feira (31/1), as informações do GDF apontavam apenas 10 leitos de UTI vagos em todo o Distrito Federal, com pouco mais de 50 mil casos ativos do vírus na capital.
*Com informações da Secretaria de Saúde do DF e Agência Brasília