O Tribunal do Júri de Brasília condenou dois criminosos pelo assassinato de Ivan Nunes Costa, em fevereiro do ano passado, próximo ao Centro de Progressão Penitenciária (CPP). Éverton Wesley Fernandes Lima e Ricardo Nogueira de Sousa foram condenados a 21 anos e quatro meses e a18 anos e oito meses, respectivamente.
Na denúncia, o Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) entendeu que o homicídio foi qualificado, pois Ivan estaria desarmado e em desvantagem numérica, além de ter sido cometido por motivo torpe, uma vez que ocorreu para vingar a morte de um criminoso conhecido como ‘Barriga’.
O juiz do caso, durante análise dos fatos, destacou que os acusados eram reincidentes e possuíam outras condenações já julgadas. Ainda de acordo com o magistrado, os réus agiram com “reprovabilidade intensa”.
“[Os acusados] cometeram o homicídio em via pública, mediante diversos disparos de arma de fogo, em horário de grande movimento, em via de intensa circulação de pessoas, demonstrando ousadia e total desprezo à ordem pública, ajudando a aumentar ainda mais a sensação de insegurança que aflige todos que trabalham e/ou circulam naquela região”, frisou o juiz.
Segundo a sentença, os dois condenados vão cumprir as penas, inicialmente, em regime fechado, sem poderem recorrer em liberdade. O motivo, de acordo com o juiz responsável pelo caso, é fato de Éverton e Ricardo terem praticado um crime gravíssimo, “em plena via pública, movimentada, à luz do dia, demonstrando total desprezo pela vida humana e à ordem pública”.
Relembre o caso
Ivan Nunes da Costa foi morto no início da tarde do dia 5 de fevereiro de 2021, enquanto saía do CPP para trabalho externo. Testemunhas anotaram o número da placa do carro dos criminosos, um Chery branco, e repassaram à Polícia Militar do DF. Menos de duas horas depois, os militares conseguiram encontrar os dois responsáveis pelo assassinato de Ivan no Riacho Fundo 2, em tentativa de fuga.
Os policiais montaram um cerco, mas os criminosos desceram do carro e conseguiram correr. Um deles invadiu uma casa no conjunto 2, da QN 14, e o outro subiu pelo telhado, mas foram capturados e encaminhados à 27ª Delegacia de Polícia (Riacho Fundo).
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