Uma clínica de cirurgia plástica da Asa Sul foi interditada após auditores da Vigilância Sanitária (Visa) constatarem que o local não tem autorização para realizar procedimentos cirúrgicos. De acordo com o órgão, o local foi interditado em outubro passado, após reincidência da mesma ocorrência. Policiais civis e servidores da pasta estiveram no local.
Ao constatarem o boletim de ocorrência, foi verificado que a proprietária do local acabou quebrando o termo de interdição, que inicialmente começou no ano passado, considerando crime de desobediência. Em janeiro de 2022, a clínica foi desinterditada parcialmente após cumprimento de algumas exigências, com autorização apenas para procedimentos cirúrgicos simples e com a utilização de anestesia local. Na nova fiscalização, os auditores constataram que a clínica voltou a não cumprir com os termos. Agora, a proprietária do local responderá a processo administrativo sanitário.
A proprietária da clínica, que já foi autuada outras vezes, foi encaminhada à Delegacia da Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Ordem Tributária e a Fraudes (CORF) para prestar esclarecimentos. "As clínicas precisam saber que o Programa de Inspeção Sanitária em Clínica de Cirurgia Plástica está em pleno funcionamento e vai seguir tomando medidas enérgicas com os serviços que não se adequam à legislação e insistem em colocar os pacientes em risco", pontuou a gerente de Risco em Serviços de Saúde, Fabiana Mattos Rodrigues.
Número expressivo
De acordo com a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), de dezembro de 2021 até 18 de fevereiro de 2022, seis clínicas de cirurgia plástica foram interditadas no Distrito Federal. Ainda de acordo com a pasta, apenas nos dois primeiros meses de 2022, o número de clínicas interditadas é maior que todas as ocorrências registradas no ano passado — três interditadas em 2021 — e superior aos números de 2020 — uma interdição — e 2019 — duas interdições.
*Estagiário sob a supervisão de José Carlos Vieira
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