Acusada de agredir uma criança de 11 anos, Stéfanie Mendes de Araújo, 35 anos, acumula 10 passagens criminais por injúria, ameaça e lesão corporal. A menina levou socos no rosto e puxões de cabelo quando saía da escola, no Centro de Ensino Fundamental 19 de Ceilândia, na tarde dessa quinta-feira (24/2). Câmeras de segurança de um comércio registraram a agressão.
Stéfanie é a mulher loira que aparece nas imagens. No meio-fio, a estudante caminha junto a outros alunos, quando a suspeita para o carro no meio da rua, desce e vai em direção à criança. Ela desfere socos, tapas e puxões de cabelo na menina. “Ela ainda retorna por duas vezes e dá continuidade às agressões. Depois, entra no veículo e sai”, afirmou o delegado-adjunto da 23ª Delegacia de Polícia (P Sul), Vander Braga.
A agressora chegou a ficar presa na Penitenciária Feminina do DF (PFDF) e está em liberdade provisória em decorrência de uma sentença condenatória de 2017. “Diante das práticas, vamos oficiar o caso à Vara de Execuções Penais (VEP), e há a possibilidade da Justiça regredir a pena e ficar em regime fechado”, acrescentou o delegado.
O Correio apurou que, após a repercussão do caso, a acusada alegou aos familiares que precisou viajar a trabalho para buscar encomendas.
Agressão
Segundo as investigações, a filha da agressora teria se envolvido em uma briga com uma colega da vítima, mas a situação teria se resolvido na própria escola. Não satisfeita, Stéfanie seguiu a criança e a atacou.
Após as agressões, Stéfanie voltou na escola e confessou ter agredido a menina e que, se pudesse, teria passado o carro por cima. A conversa foi filmada por testemunhas. Em entrevista ao Correio, a mãe da vítima, Jéssica Lopes, 27, relatou que não se conforma com a agressividade. “Minha filha nunca deu trabalho na escola, sempre foi uma aluna exemplar”, acrescenta. "É revoltante. A gente geralmente sente medo de assalto, acidente ou sequestro, mas não de uma coisa dessas. Uma mulher fazer isso, nesse ato de covardia, é revoltante", desabafa.
Jéssica vai transferir a filha para outra escola e decidiu contratar uma condução particular para levá-la. "É uma forma de nos mantermos seguros", disse.
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