Ainda sem acreditar no que aconteceu, a gerente de negócios Jéssica Lopes, 27 anos, mãe da criança de 11 anos agredida por uma mulher ao sair da escola, se diz revoltada com a situação. Em entrevista ao Correio, a mulher contou que a filha nunca se envolveu em brigas na escola. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) abriu uma investigação para apurar os fatos.
Câmeras de segurança flagraram o momento em que a criança é agredida por Stefane Mendes de Araújo, 35. Na filmagem, é possível ver o momento que a suspeita desce do carro e surpreende a menina com tapas e puxões de cabelo. Segundo as investigações conduzidas pela 23ª Delegacia de Polícia (P Sul), a filha da autora teria se envolvido em uma briga com uma colega da vítima, mas a situação teria sido resolvido na própria escola.
Após buscar a filha na escola, a suspeita seguiu a criança, que caminhava pela rua com o uniforme da instituição, parou o carro e a agrediu. A menina recebeu diversos golpes no rosto e puxões de cabelo. A criança não reage e a suspeita retorna por duas vezes e desfere mais tapas nela.
Desespero
A dona de um comércio que presenciou a cena abrigou a vítima até a chegada dos pais. "Eu estava no trabalho e meu esposo era para ter buscado minha filha na escola, mas ele ficou preso no trânsito. Ela chegou em casa por volta de 13h40 e relatou a situação. De imediato, meu marido veio até à delegacia", afirmou Jéssica, mãe da criança.
A mulher conta que recebeu uma ligação do marido e se desesperou. Ao ver as filmagens, Jéssica não conseguiu acreditar que era a filha sendo agredida. "É revoltante. A gente geralmente sente medo de assalto, acidente ou sequestro, mas não de uma coisa dessas. Uma mulher fazer isso, nesse ato de covardia, é revoltante", desabafou.
Jéssica irá transferir a filha para outra escola e decidiu contratar uma condução particular para levá-la. "É uma forma de nos mantermos seguros", disse.
Mesmo após as agressões, Stefane retornou à escola e confessou que havia agredido a aluna e que, se pudesse, teria passado o carro por cima dela. A conversa foi filmada por testemunhas. Na delegacia, ficou constatado que a autora acumula 10 passagens criminais por injúria, lesão corporal e ameaça. Ela estava em liberdade provisória em razão de uma sentença condenatória. "Iremos comunicar os fatos à Vara de Execuções Penais para que eles tomem ciência. É capaz dela regredir de regime e voltar para a cadeia", pontuou o delegado-adjunto da 23ª DP, Vander Braga.
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