Os idosos estão no grupo de vulnerabilidade diante da pandemia da covid- 19, e, com o isolamento e distanciamento, praticar exercícios físicos tem sido cada vez mais difícil. O sedentarismo pode prejudicar pessoas de todas as idades, mas, para os idosos é mais perigoso. Manter as atividades físicas em dia é uma maneira de se defender, não só do coronavírus como de outras doenças.
Esse cenário levou os integrantes do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Atividade Física para Idosos da Universidade de Brasília a iniciar um estudo para identificar o nível de funcionalidade entre idosos do Distrito Federal durante a pandemia de covid-19. A hipótese da pesquisa é de que sem exercícios, os idosos podem adquirir dificuldades em se movimentar para fazer tarefas simples, como sentar, levantar e até tomar banho. Em casos extremos, o sedentarismo poderia levar as pessoas mais velhas a desenvolver incapacidades, hospitalização e até a morte.
A pesquisa pode ajudar os brasilienses a minimizarem o comprometimento de habilidades nessa faixa etária e reverter os prejuízos do sedentarismo em meio ao atual cenário de emergência em saúde. O estudo visa monitorar informações detalhadas sobre a falta de exercícios dos idosos expostos ao isolamento no DF, para compreender os comportamentos e preparar planos com ofertas de programas regulares de exercícios para atender essa população.
Madalena Josefa de Sousa Primo, 61, é um exemplo entre as pessoas do público pesquisado. Ela tem vários problemas de saúde e viu na caminhada e na academia comunitária a maneira de se manter ativa, com início da pandemia e o isolamento social, viu sua mobilidade diminuir e os problemas nos ossos virem com mais força, então decidiu realizar atividades em casa. “Eu moro no Entorno do DF e quando começou a pandemia fiquei com medo, de pegar covid-19 e morrer, mas vi outras doenças virem e nem conseguia andar direito. Decidi realizar caminhadas em volta da casa, já que tenho um quintal grande, e realizar exercícios com meu jardim. Planto, faço mudas,e mantenho a movimentação do meu corpo — além de manter minha mente ocupada neste momento tão preocupante em que estamos vivendo”.
Nas questões, estão sendo coletados dados sobre a quantidade de exercícios físicos realizados periodicamente, número de quedas e/ou internações e a condição física dos idosos para subsidiar os programas que serão promovidos. Para minimizar os efeitos da pandemia, o grupo já vem implementando iniciativas para combater o sedentarismo no grupo pesquisado.
*Estagiária sob a supervisão de Layrce de Lima.
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