O presidente da Associação de Pais e Alunos das Instituições de Ensino do DF (Aspa-DF), Alexandre Veloso, foi o entrevistado CB.Poder— Programa do Correio Braziliense em parceria com a TV Brasília — nesta segunda-feira (21/2). Na bancada, a conversa foi conduzida pela pela jornalista Ana Maria Campos. Veloso destacou temas importantes ligados ao ensino na capital, como a decisão do Tribunal de Justiça sobre a antecipação do ensino médio e como os alunos que já tenham condições de chegar à universidade podem completar essa etapa de ensino.
“Teremos um recurso que foi ajuizado pela Aspa na condição de amigos da corte para tentar reverter ou modular os efeitos de uma decisão da Câmara de Uniformização que irá verificar a possibilidade ou não de modular os efeitos e a questão de se antecipar o ensino médio para aqueles alunos que sejam aprovados em um vestibular e os alunos de altas habilidades e superdotação que precisam avançar do ensino básico para a universidade sem esperar a conclusão do ensino médio até o final”, explica.
Antecipação
Além da situação de quem precisa antecipar a entrada no ensino superior, Veloso também falou sobre a situação de quem já está na faculdade. Segundo ele, esses estudantes estão na universidade com base em uma liminar concedida em primeira instância. De acordo com o presidente da Aspa, a expectativa é que, com o recurso a ser apresentado hoje ao tribunal, se a decisão pela proibição da antecipação do ensino médio for mantida, ela não deve prejudicar os que já estão no ensino superior.
“Quando esse incidente de repetitivo foi instaurado no Tribunal de Justiça, todos os processo de primeira instância foram suspensos, ficaram parados aguardando o tribunal uniformizar essa decisão. Então existe sim, alunos que estão quase terminando ou no meio dos cursos, cujos pais procuraram a associação, preocupados de serem atingidos por essa decisão, no sentido, inclusive, de o filho até ter que voltar para a escola para terminar a jornada de ensino médio e perder o que foi cursado na faculdade”, ressalta Veloso.
Volta às aulas e pandemia
Além da decisão sobre antecipação do ensino médio, também foram tratados tópicos relativos à volta às aulas nas escolas do DF em meio à pandemia do novo coronavírus. Os principais aspectos relativos ao retorno dos alunos foi com relação à reavaliação do plano de retorno após o surgimento da variante ômicron, como se daria a continuidade das aulas remotas e a reposição de conteúdo para alunos impossibilitados de assistir às aulas presencialmente.
“Isso foi uma demanda dos pais, pois muitas escolas estavam alegando que não poderiam oferecer mais o ensino remoto, ainda que o aluno estivesse cumprindo isolamento assintomático em casa. Agora, nas escolas que podem oferecer a gravação da aula, seja assíncrona ou síncrona, o aluno estando em casa faz um requerimento para a escola, solicita [a gravação] e é autorizado pela escola que ele acompanhe aquela aula — ao vivo ou gravada, cada escola terá sua logística — e possa, inclusive, repor depois todos aquele conteúdo durante o período de isolamento, que hoje varia de 7 a 10 dias que o aluno pode ficar em casa”, explica.
*Estagiário sob supervisão de Nahima Maciel
Assista a entrevista na íntegra abaixo:
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