Covid-19: Governo do DF vai manter medidas restritivas durante o carnaval

Apesar da queda na taxa de transmissão da covid-19, o governador do DF, Ibaneis Rocha, afirmou que não pensa em diminuir as restrições para o feriado e vai fiscalizar possíveis festas clandestinas

Arthur de Souza

postado em 21/02/2022 13:51 / atualizado em 21/02/2022 14:00

IIbaneis Rocha quer manter restrições no carnaval para evitar iinternações - (crédito: Ed Alves/CB/D.A.Press)

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), não pretende flexibilizar as medidas restritivas relacionadas à pandemia da covid-19 durante o carnaval, mesmo com a queda na taxa de transmissão da doença. O anúncio ocorreu durante o cumprimento de agenda do chefe do Executivo local no Riacho Fundo I e II.

A taxa de transmissão do novo coronavírus ficou abaixo de 1 após mais de 30 dias, e chegou a 0,98, de acordo com o Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde (SES-DF) na última sexta-feira (18/2). Mesmo assim, Ibaneis afirmou que é muito cedo para tratar da diminuição das restrições, por conta dos altos números de internações.

Ele também destacou que os órgãos de controle devem aumentar a fiscalização durante o feriado. “A gente tem tentado manter a fiscalização e a gente vai incrementar nesses dias de carnaval, para que a gente possa ter tranquilidade e que a gente não tenha uma elevação nos números da covid”, disse o governador.

Quando questionado se o governo vai trabalhar contra a realização de festas clandestinas durante o carnaval, Ibaneis ressaltou que “nós temos que trabalhar o máximo possível para que a gente não tenha um número maior de contaminação, porque a rede pública de saúde já não aguenta mais tanta pressão e a gente precisa cuidar da saúde das pessoas”.

Taxa de ocupação

As Unidades de Terapia Intensiva (UTI) da rede pública que são reservadas para pacientes com suspeita ou confirmação de covid-19 estão com 95,28% de ocupação, segundo os números do painel InfoSaúde, da SES-DF, divulgados às 10h25. Os dados mostram que, dos 121 leitos disponíveis, 101 estão ocupados, cinco estão vagos, 10 aguardam por liberação e outros cinco estão bloqueados.

A preocupação maior fica por conta dos leitos pediátricos da saúde pública, que estão 100% ocupados. Já as UTIs adultas estão com 96,59% de taxa de ocupação, enquanto os neonatais estão com 75%, de acordo com o InfoSaúde.