Natural de Porto Alegre, o ex-deputado federal João Manuel Simich Brochado, 94 anos, foi sepultado nesta quinta-feira (17/2), no Cemitério Campo da Esperança da Asa Sul. Durante sua carreira política, assumiu diversos cargos, entre eles o de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal (1988), além de outras funções, como as de deputado federal suplente de Jofran Frejat (1990) e de Benedito Domingos (1999).
O governador Ibaneis Rocha publicou nota lamentando a morte do ex-secretário do GDF. “O coronel João Manoel Brochado é um homem que deixa exemplos a serem seguidos. Foi um profundo conhecedor das questões de segurança pública no Brasil e no Distrito Federal. Criador do Sistema de Instrução Militar do Exército, foi chamado para assumir a Secretaria de Segurança Pública do DF pelo então governador Joaquim Roriz e teve seu trabalho reconhecido pela população”, escreveu.
De acordo com Ibaneis, o coronel se especializou no combate à criminalidade “usando inteligência, com programas de mapeamento de crime, e foi o criador da Rocan, reduzindo drasticamente os índices de criminalidade na época”. Nas palavras do governador, ele foi um "exemplo de autoridade, que respeitava a autonomia das forças, oferecendo meios para o aperfeiçoamento dos profissionais".
O político foi autor das obras Segurança pública no Distrito Federal (1987), Socorro!Polícia! Opiniões e reflexões sobre segurança pública (1987); Eia, avante! (1999), e O caráter dos soldados (2001).
Carreira
João Manuel Brochado ocupou o cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal de 1988 a 1990, no primeiro governo de Joaquim Roriz. Mas, antes, havia sido oficial do curso da Academia Militar das Agulhas Negras, no Rio de Janeiro. Em 1953, foi transferido para Campinas, São Paulo, onde foi professor da Escola Preparatória de Cadetes. Ele também exerceu o cargo de chefe da seção de planejamento na Assessoria Especial de Relações Públicas (1969).
Em 1973, foi comandante do 18º Batalhão de Infantaria Motorizada, onde ficou até 1976. Transferiu-se para Brasília e foi nomeado diretor do Instituto Nacional de Assistência ao Ensino, no Ministério de Educação e Cultura (MEC), cargo que exerceu até 1983.
Sua carreira na política continuou em 1985 e 1986, uma vez que além de assessor do ministro da Agricultura Pedro Simon, foi também diretor de informações na mesma pasta. Entre 1986 e 1987, foi assessor do ministro da Educação Jorge Konder Bornhausen. Ele foi designado diretor de informações desse ministério ainda em 1987.
O primeiro partido o qual João se filiou foi o Partido Trabalhista Renovador (PTR). Foi suplente dos deputados federais Jofran Frejat (1990) e Benedito Domingos (1999). Em 1993 e no ano seguinte, esteve no Partido Progressista (PP). A partir da fusão do PP ao Partido Progressista Reformador (PPR), que deu origem ao Partido Progressista Brasileiro (PPB), João se juntou à nova sigla.
Sua atividade na Câmara dos Deputados foi nas comissões de Defesa Nacional e Educação, Cultura e Desporto, como suplente. Foi titular nas comissões de Relações Exteriores, de Defesa Nacional e na de Seguridade Social.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.