Saúde

Para especialista, é necessário parar de duvidar da efetividade das vacinas

Ao CB.Saúde, Carla Pintas, alerta sobre a necessidade da população concluir o ciclo vacinal. Ao falar sobre o público infantil, ela comenta que os chamamentos públicos de vacinação podem ajudar a crescer o percentual de adesão que segue em 30%

Eduardo Fernandes*
postado em 17/02/2022 16:14 / atualizado em 17/02/2022 17:44
 (crédito:  Ed Alves/CB)
(crédito: Ed Alves/CB)

A professora de saúde coletiva, da Universidade de Brasília (UnB) de Ceilândia, Carla Pintas falou ao CB.Poder, desta quinta-feira, a respeito da importância de cumprir todo o ciclo vacinal contra a covid-19. O programa é uma parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília. Em entrevista conduzida pela jornalista Carmen Souza, a especialista destacou que a população precisa aderir de maneira mais efetiva à vacinação e que, infelizmente, muitas pessoas não compareceram aos postos de saúde para a segunda dose e a aplicação do reforço e dose extra.

“Temos números importantes de pacientes que estão entubados dentro da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que não tem o seu esquema vacinal completo ou que nem tomaram a vacina”, diz. Em sua visão, um dos grandes fatores que desestimulam as pessoas a complementarem as doses é o relaxamento e a banalização da população em relação à pandemia. Enquanto sanitarista, sua posição dentro da UnB sobre a cobrança em relação às vacinas, é que para circular nos corredores, é necessário que todos estejam com seu calendário vacinal em dia.

Em decisão colegiada, a universidade adotou as medidas restritivas e segue com essa postura. “Já passou da hora de discutirmos sobre a vacina e (de parar de) acharmos que ela não tem efetividade”, frisa. Mas, mesmo sem a obrigatoriedade, ela reforça que continuar conversando com professores e alunos para conscientização é uma tarefa a ser feita diariamente, já que cada instituição segue suas orientações.

Uma discussão sempre em pauta é sobre a imunização de crianças no ambiente escolar. Para a professora, essa é uma alternativa viável, podendo ser bem elaborada pela Secretaria de Saúde junto às escolas. Apesar do consentimento dos pais ser um provável dificultador, ela afirma que o movimento sendo feito de forma saudável e adequada, pode, sim, ser uma boa possibilidade. Com uma média de 30%, a procura do público infantil pelos imunizantes segue abaixo do esperado. Ela aponta que os chamamentos coletivos, que normalmente têm um impacto relevante para o crescimento de adesão, são uma opção para tentar sanar esse cenário.

O surto da nova onda na capital diminuiu a busca pela assistência primária nas Unidades Básicas de Saúde. Em função da covid-19 e de uma alta demanda de contaminação, muitas atividades realizadas dentro dos locais deixaram de ser feitas. Acompanhamento de hipertensos e diabéticos, acompanhamento de gestantes, são alguns exemplos citados pela professora, pois muitos usuários que se afastaram das UBSs, para evitar o contágio.

Ela destacou a situação de alerta, em 12 regiões do DF, em relação ao casos de dengue. Em tempos de pandemia, alerta a professora, a situação pode se agravar. Segundo a professora, a população não pode deixar de esquecer dos cuidados necessários. Ela reforçou a importância de manter terrenos baldios limpos, retirar a água parada nos reservatórios, como forma de combater a dengue.

Confira a íntegra do programa no canal do Correio:

*Estagiário sob a supervisão de Juliana Oliveira

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