Foi cancelada a manifestação que fiéis estavam organizando, pelas redes sociais, em apoio ao padre Vanilson Sousa Silva, único exorcista do Distrito Federal, que perdeu a permissão para realizar missas e sessões de exorcismo. A manifestação aconteceria no sábado (19/2), na Esplanada dos Ministérios, em frente à Catedral de Brasília. O religioso falou com os fiéis, por meio de um vídeo, pedindo que mantenham suas orações e evitem qualquer tipo de “manifestação”.
O ato seria uma resposta à proibição feita pela Arquidiocese de Brasília a respeito da atuação ministerial do padre Vanilson Sousa. Na terça-feira (15/2), um abaixo-assinado foi criado pedindo a volta das celebrações do sacerdote na capital federal. Até a publicação da reportagem, a petição acumulava um total de 4.354 assinaturas. A proibição de realizar missas e sessões de exorcismo está em vigor desde a última quinta-feira (10/2). Até então, os motivos que levaram ao afastamento não foram divulgados.
Além de exorcista, o padre Vanilson atua como vigário da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Lago Sul), e é o fundador da Associação Padre Júlio Negrizzolo – Centro de Espiritualidade Rosa Mística e Comunidade Católica Filhos de Rosa Mistica, em São Sebastião.
Pronunciamento
A proibição de realizar missas e sessões de exorcismo na capital federal foi confirmada pela Arquidiocese de Brasília, em nota oficial assinada pelo Gabinete Episcopal. No texto, a instituição religiosa informa que, em breve, será “oportunamente nomeado outro sacerdote para a função de exorcista”. O Correio questionou a Arquidiocese de Brasília quanto aos motivos que levaram o padre a ser afastado das atividades, mas a resposta foi a nota oficial publicada no site da instituição.
O Padre Vanilson também foi procurado pela reportagem, mas não respondeu. O espaço segue aberto para manifestação. Em mensagem encaminhada aos fiéis na última sexta-feira (11/2), o religioso expôs o caso. “Os senhores bispos se reuniram com o meu superior provincial e exigiram minha retirada imediatamente. Me senti violentamente desrespeitado, porque todas as reuniões foram feitas sem a minha presença. Eu, como objeto das reuniões, nunca fui ouvido”, desabafou.
Padre Vanilson diz que permanecerá em Brasília, sem exercer o ministério. “Tem a comunidade e a associação padre Júlio Negrizzolo, que não posso deixar sem antes encaminhar essa situação”, respondeu.
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