Avaliando a redução de contaminações e hospitalizações por covid-19 no Distrito Federal, especialista afirma que a capital caminha para um cenário epidêmico, que permitirá flexibilizações sanitárias. Diferentemente da pandemia, em que há aumento generalizado de uma doença em diversas regiões, na endemia, registra-se quantidade menor de casos e óbitos, e as estatísticas demonstram controle das contaminações. É o que explica o médico infectologista Hemerson Luz.
"A gente pode considerar a ômicron uma variante de transição, na qual a pandemia vai tomando o aspecto de endemia. No início, era um vírus desconhecido, a humanidade não tinha anticorpos. Hoje, as pessoas têm anticorpos pela vacinação e pela infecção", esclarece o especialista.
Segundo Hemerson, a tendência é de que haja um "esfriamento" da pandemia. "A humanidade precisa de vacinas atualizadas para as variantes que estão circulando, testagem em massa e que a população continue seguindo os protocolos de segurança. Hoje, o 'fique em casa' não existe mais, porém ainda temos que reformar o 'não aglomere'", completa o médico.
Para o especialista, o brasiliense pode esperar um relaxamento nos protocolos de segurança. "Temos que aguardar esses números para ver se continuam caindo e pode ser que, no final de fevereiro, algumas medidas, como o uso de máscaras, fiquem menos restritivas", aponta.
Questionado sobre a reavaliação do decreto que proíbe a realização de shows, festas e festivais no DF, o Governo do Distrito Federal (GDF) respondeu, por meio de nota, que Ibaneis Rocha (MDB) "acompanha todos os indicadores diariamente, e quaisquer alterações nos protocolos vigentes serão publicadas no Diário Oficial do DF."
Números
O Distrito Federal teve mais oito mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. O número é 50% menor se comparado aos óbitos ocorridos na segunda-feira (16), de acordo com o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde (SES-DF).
A SES-DF registrou 2.350 novos casos da doença. No último boletim, foram 5.614 pessoas contaminadas com o vírus. O total de infectados na capital federal chegou a 664.370 mil. A taxa de transmissão do vírus caiu pelo quarto dia seguido, chegando a 1,08. O número demonstra que um grupo de 100 pessoas podem infectar outras 108.
A média móvel de infecções está em 3.948, uma redução de 40,94% em relação a 14 dias atrás. Já a média móvel de óbitos aumentou 56,41% e está em 12,20.
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