Sob chuva e tomados por um sentimento de tristeza profunda, os familiares e amigos da família assassinada em Planaltina se despediram na manhã deste domingo (13/2). Os corpos de Nilson Cosme dos Santos, 48 anos, sargento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), da esposa dele, Maria de Lourdes Furtado, 50, e dos filhos do casal, Isaac e Lucas Furtado dos Santos, 21 e 16, respectivamente, foram sepultados no Cemitério Campo da Esperança de Planaltina.
Emocionados com o último adeus após a tragédia ocorrida na quinta-feira (10/2), os familiares não puderam velar os corpos porque todos os quatro testaram positivo para covid-19. O casal e os filhos estavam em isolamento social na casa em que moravam, na Avenida Maranhão, no Setor Tradicional de Planaltina, quando ocorreu o crime.
O caso
No fim da tarde da última quinta-feira (10/2), os corpos da família foram encontrados com marcas de tiros na residência deles. As vítimas também apresentavam queimaduras, pois a residência foi incendiada. A dinâmica e a motivação do crime estão sendo investigadas pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), mas a principal hipótese é a de que o sargento da Polícia Militar tenha assassinado a mulher e os dois filhos do casal. Na sequência, teria ateado fogo na casa e cometido suicídio. Relatos de familiares ao Correio revelam que o militar apresentava sinais de depressão e instabilidade emocional.
Os quatro corpos foram encontrados em um quarto da residência, com a porta fechada e sem sinais de arrombamento, segundo o delegado Eduardo Chamon, da 16ª Delegacia de Polícia, responsável pelo caso. A cena da tragédia, relatada à polícia pelos bombeiros e pelos policiais militares que estiveram no endereço, pode ajudar a entender mais detalhes da ocorrência.
Para a polícia, ainda há dúvidas se Nilson teria matado a mulher e os filhos no quarto onde os corpos foram encontrados ou se ele teria levado-os para lá antes do incêndio. O trabalho da perícia foi pedido em caráter de urgência.
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