Com as chuvas de verão, voltam à tona os perigos do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus. O último Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde (SES-DF) apontou um aumento de 89% de notificações, com os casos prováveis quase duplicados (alta de 189%). Para contornar o problema, o projeto ArboControl, da Universidade de Brasília (UnB), desenvolveu um inseticida natural para eliminar o mosquito.
O produto foi gerado com compostos de origem vegetal no Laboratório de Farmacognosia. A equipe do projeto realizará os primeiros testes de eficácia do produto na própria UnB, no Instituto Central de Ciências (ICC). A previsão para aplicação do inseticida em focos de água parada é em fevereiro. Antes da aplicação, a iniciativa irá monitorar por três semanas as fêmeas (sexo transmissor das doenças) do Aedes aegypti no ICC. Para isso, no final de janeiro foram instaladas 150 armadilhas ao longo do prédio para capturar os mosquitos.
Após esse período, a aplicação do inseticida ocorrerá ao longo de cinco semanas. Nesta fase, será possível acompanhar o ciclo de eclosão dos ovos do inseto e analisar a eficácia do produto. Caso seja percebido um crescimento na quantidade de mosquitos com o passar das semanas, a dosagem do inseticida será aumentada. As armadilhas serão monitoradas para observar se houve ou não redução na circulação do mosquito no local com o uso do líquido.
Vários setores da UnB estão envolvidos na organização e na realização da atividade. Participam da ação a Coordenação de Parques e Jardins (CPJ), que dá suporte na aplicação dos insumos, bem como a Diretoria de Manutenção (Dimap), que apoia no processo de instalação das armadilhas que permitirão o controle das populações e verificação do sucesso da ação. Outro apoio fundamental para a realização do ArboControl foi o financiamento de R$ 30 milhões, por parte do Ministério da Saúde.
*Com informações da Secretaria de Comunicação da Universidade de Brasília (Secom/UnB)
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