Em fevereiro, a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência tem o objetivo de realizar ações ao longo do mês com foco na conscientização de adolescentes e na capacitação de conselheiros tutelares e demais servidores que atuam com este público. A iniciativa é promovida pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), em parceria com a UNFPA e o IECAP.
A primeira atividade está marcada para terça-feira (8/2) e envolve a realização de uma roda de conversas presencial com adolescentes da Cidade Estrutural, no Centro da Juventude, das 20h às 21h30. O mesmo acontecerá com jovens de Samambaia, na quinta-feira (17/2), das 14h às 15h30, no Centro da Juventude.
A programação também inclui a capacitação de conselheiros tutelares, servidores e integrantes da sociedade civil, que terão a oportunidade de participar de uma atividade on-line na sexta-feira (11/2). O evento vai ocorrer na plataforma Zoom e será transmitida ao vivo no canal do UNFPA do YouTube, às 10h. Na ocasião, será apresentado o estudo da CIDACS BAHIA–FIOCRUZ sobre pontos relevantes que envolvem a gravidez na adolescência.
“A melhor forma de prevenir a gravidez na adolescência é com educação, alertando tanto as meninas quantos os meninos sobre os impactos de uma gestação precoce em seu desenvolvimento”, destacou a secretária da Sejus, Marcela Passamani.
Dados
Segundo estudo da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), o número de partos de mães adolescentes (entre 10 e 19 anos) ocorridos no DF diminuiu significativamente nos últimos anos, passando de 9.421, em 2000, para 5.266 em 2016. Em 2018, a proporção de partos de mães adolescentes no DF ficou em 10%, o menor índice do país. No Brasil, esse percentual era de 16%.
De acordo com a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) de 2018, 7.077 adolescentes de 14 a 19 anos eram mães, o que correspondia a 5,1% das meninas nessa faixa etária no Distrito Federal.
As regiões que concentravam os maiores percentuais de mães adolescentes eram: Brazlândia, Ceilândia, Planaltina, Riacho Fundo, Riacho Fundo II, SIA, Samambaia, Santa Maria e São Sebastião. Em relação ao perfil étnico-racial, 81% eram negras. Além disso, 75% tinham renda familiar per capita de até meio salário mínimo; 69% não estavam no ensino formal e 17% estavam ocupadas no mercado de trabalho.
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