Assassinada brutalmente pelo ex-genro, a empregada doméstica Ana Cristina Farias de Araújo, 51 anos, será sepultada na manhã de hoje, no Cemitério de Águas Lindas de Goiás. O velório está marcado para ocorrer às 11h. Ontem, o acusado de cometer o feminicídio, Marcos Fernando Domingos, 26, passou por audiência de custódia e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva pela Justiça.
Marcos foi preso na tarde de segunda-feira pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), menos de seis horas depois de matar a ex-sogra no Setor de Indústrias Gráficas (SIG), próximo a uma papelaria. Ana tinha medidas protetivas contra o ex-genro por ameaças, mas marcou um encontro com ele na Rodoviária do Plano Piloto para buscar documentos.
Segundo as investigações, Marcos armou uma emboscada para assassinar a mulher. Após entregar os documentos, ele embarcou no mesmo ônibus que ela estava, com destino ao Sudoeste, onde Ana trabalhava como empregada doméstica em um apartamento. Ao notar a presença do agressor, a mulher ligou para a filha. No telefonema, a jovem insistiu para que a mãe não descesse do coletivo, mas Ana desembarcou no SIG e Marcos também.
Imagens do circuito interno de segurança captaram o momento em que os dois discutem e, Marcos, armado com um facão, começa a desferir golpes na vítima. Ana foi atingida na cabeça e teve uma mão e os dedos decepados.
Marcos mantinha relacionamento com a filha de Ana, que perdurou por cinco meses. Após o término, o agressor passou a ameaçá-la de morte, além da mãe e de outros familiares. Ele acabou preso pelos investigadores da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) escondido, em São Sebastião, na casa de uma outra ex, também vítima de violência doméstica cometida por ele.
Em audiência de custódia realizada ontem, a Justiça do DF decidiu converter de flagrante para preventiva a prisão de Marcos. A decisão foi assinada pela juíza substituta Paula Afoncina Barros Ramalho, em audiência de custódia do Núcleo de Audiência de Custódia do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).
Tentativa
Outra mulher, vítima de tentativa de feminicídio no último domingo, recebeu alta e passa bem. Segundo as investigações da 35ª Delegacia de Polícia (Sobradinho), a mulher teria ido ao local de trabalho e moradia do homem para buscar alguns objetos pessoais, na Fercal.
"O agressor inconformado, imaginando que a vítima iria sair para a rua, passou a utilizar uma faca, algumas marretas e objetos de trabalho para atacar a vítima, provocando-lhe lesões gravíssimas com golpes de marreta", afirmou o delegado-chefe, Laércio de Carvalho. O homem foi preso ontem, depois de tentar fugir da polícia.
De acordo com a apuração policial, o agressor e a mulher vinham se desentendendo, provavelmente por ciúmes, e brigavam com ofensas verbais e físicas. Imagens das câmeras de segurança mostraram o momento em que o homem imobiliza a companheira e tenta golpeá-la com uma faca. A chegada de outras pessoas ao local impede a agressão.
A vítima foi levada ao Hospital Regional de Sobradinho (HRS). Há outra ocorrência de agressão envolvendo o casal. Em 2020, ele cortou o cabelo da mulher usando uma faca, causando lesões corporais.
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Acusado de pornografia infantil é preso no Lago Sul
Um homem de 31 anos foi preso em flagrante, na manhã de ontem, por armazenar pornografia infantil. O material foi encontrado por agentes da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) em computadores e celulares que estavam na casa dele, no Lago Sul. A prisão foi resultado da terceira fase da Operação Downloader, deflagrada por policiais civis da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC/PCDF), com apoio do Instituto de Criminalística e da Divisão de Inteligência Policial.
Na casa, os agentes que cumpriram o mandado de busca e apreensão enconraram materiais relacionados à pedofilia infantil armazenados em computadores e celulares. O investigado foi autuado em flagrante pelo delito de armazenamento de imagens e vídeos de exploração sexual infanti. O acusado ficará preso e à disposição da Justiça. As penas previstas podem chegar a quatro anos e, para o crime de disponibilização ou divulgação de material de pornografia infantil, acrescidas de até seis anos por cada compartilhamento realizado.