Covid-19: Papuda teve 2.793 presos infectados e oito mortos pelo vírus

Atualmente, o sistema penitenciário tem 194 pessoas infectadas, sendo 129 presos e 65 policiais

Darcianne Diogo

postado em 01/02/2022 00:11 / atualizado em 01/02/2022 00:11

(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

De abril de 2020 até esta segunda-feira (31/1), 2.793 presos do Complexo Penitenciário da Papuda e 785 policiais penais testaram positivo para a covid-19. Os dados foram obtidos pelo Correio e fazem parte de um levantamento da Gerência de Saúde no Sistema Prisional da Secretaria de Administração Penitenciária (Seape-DF).

Os números constam na decisão assinada pela juíza titular da Vara de Execuções Penais (VEP), Leila Cury, que autorizou as visitas presenciais de familiares aos presos e a retomada das saídas quinzenais aos detentos. A magistrada havia suspendido as visitas em 11 de janeiro, após o aumento da taxa de incidência de infecções causadas pela covid-19 e o surto de gripe ocasionado pelo vírus influenza.

Desde o começo da pandemia, oito presos morreram em decorrência do novo coronavírus. Do total de infectados (2.793), 2.656 se recuperaram da doença, o equivalente a 77,7% da massa carcerária. Há, ainda, 153 custodiados que cumprem quarentena no Centro de Detenção Provisória (CDP 2). Quanto aos servidores, 785 se infectaram, 718 se curaram e quatro morreram.

Em relação ao quadro atual, o sistema penitenciário tem 194 pessoas infectadas, sendo 129 presos e 65 policiais. Os dados também abordam o número de vacinados. No total, foram 14.954 presos e 1.720 servidores imunizados.

Visitas

A retomada das visitas presenciais de familiares aos presos deverão seguir uma série de regras. Pessoas com sintomas gripais ou que tenham tido contato com caso de covid-19 nos últimos 14 dias não poderão entrar na unidade prisional. A regra também vale para quem não tiver o ciclo vacinal completo. A juíza determinou, ainda, a limitação de apenas um visitante por interno e a proibição do contato físico entre o visitante e o preso (aperto de mão, abraço ou beijo).

“Além disso, continuará sendo necessária a realização de testagem com teste rápido de antígeno para todos os internos que estejam adentrando o complexo prisional (bonde). A testagem para covid-19 para as pessoas que apresentem síndrome gripal de acordo com a avaliação pelo critério clínico-epidemiológico; a testagem para covid-19 de pelo menos 1 interno com sintomas gripais de cada cela e o número aumentado na proporção de 1 caso sintomático testado para cada 15 internos da mesma cela, ou seja se a cela possuir 16 internos e 10 casos sintomáticos, 2 internos serão testados”, destacou Leila Cury.