Com a taxa de transmissão do novo coronavírus em 2,61, nesta sexta-feira (21/1), o Distrito Federal igualou o recorde registrado pela Secretaria de Saúde do DF (SES) em 25 de março de 2020. O indicador mostra que um grupo de 100 pessoas pode infectar outras 261 na capital.
A pasta divulgou mais 3.297 novos diagnósticos positivos, o que totaliza mais de 561 mil. Na quinta-feira (20/1), o indicador ficou em 2,58, e a SES-DF confirmou 4,1 mil novos casos diários do novo coronavírus.
No mais recente boletim epidemiológico, a SES-DF confirmou três mortes entre quinta-feira (20/1) e esta sexta-feira. Todas tinha comorbidades e morreram por complicações da doença em hospitais do DF, mas uma das pessoas era moradora do Novo Gama (GO).
Outro marco importante desta sexta-feira é que, pela primeira vez, a média móvel de mortes passou de 4 mil, com número exato de 4.041. Na comparação com 14 dias atrás, o indicador é 295% maior. Com a média de casos em 2,60, o aumento é de 18% no mesmo período de comparação. Uma das pessoas tinha entre 40 e 49 anos, outra na faixa de 60 a 49, e outra estava com mais de 80.
UTIs
Entre todos os 75 leitos de covid-19 nos hospitais públicos do DF, 14 estão vagos, 41 ocupados (78% do total) e 20 encontram-se bloqueados. Especificamente os com soporta para hemodiálise, há apenas três livres: são dois no Hospital de Base do DF (HBDF) e um no Hospital Daher, no Lago Sul. Os dados, do portal InfoSaúde-DF, foram atualizados às 18h25 desta sexta-feira (21/1).
Na rede privada, a taxa de ocupação está em mais de 60%, com 74 leitos ocupados entre todos os 137. Em relação às unidades públicas, há mais leitos vagos: 50 equipamentos. Há 13 leitos bloqueados. A Secretaria de Saúde atualizou as informações às 11h55 desta sexta-feira.
Na fila de espera por um leito para tratamento da doença em UTI da rede pública, há três pacientes com suspeita ou confirmação de covid-19, e quatro direcionados a um leito de Unidade de Terapia Intensiva. A SES-DF atualizou os dados às 18h45 desta sexta-feira.
Saiba Mais
Diante da situação preocupante com aumento de casos e alta demanda nos leitos em hospitais da rede pública e privada, o GDF anunciou, em 12 de dezembro, que será realizada a remobilização de leitos, além de medidas de impacto rápido, como a oxigenoterapia domiciliar, leitos bloqueados e potencialização dos recursos da Rede de Atenção à Saúde. Tudo isso na tentativa de evitar a sobrecarga na atenção primária e nas emergências da rede pública.