“O céu é o mar de Brasília”, dizia o arquiteto e urbanista Lúcio Costa. Palavras assim são comuns de ouvir de brasilienses, principalmente pela ausência de uma praia no nosso quadradinho. As pouquíssimas palavras resumidas pelo arquiteto exaltam o dono da festa que proporciona momentos incríveis: o céu.
Para os que se encantam com o céu da capital federal, o fim de tarde do brasiliense desta terça-feira (18/1) foi cheio de privilégios ao acompanharem um fenômeno que se assemelha ao de uma bomba atômica: uma nuvem caixa d'água.
Para os felizardos que puderam acompanhar, o fenômeno chamado de Cumulonimbusde foi visto de vários lugares do Distrito Federal. De longe, a beleza de uma nuvem que tem formato de bomba atômica ou até de um disco voador, é belíssima e foi apreciada por várias pessoas nas redes sociais. Contudo, este tipo de nuvem traz muitos perigos. “Essas nuvens, apesar de serem belíssimas, são temidas pelo pessoal da aviação e também deve ser por nós. Ela é responsável pelos raios e pode provocar ventos acima de 80km/h, além de chuva intensa e até granizo”, disse o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Olívio Bahia, ao Correio.
“É extremamente perigosa, e pilotos de avião evitam sempre atravessar nessas nuvens. A base dela costuma formar entre 800m a 1200m, mas ela cresce atingindo altura de 12, 15 mil metros. Por isso ela se destaca tanto assim, como a gente pôde ver”, afirmou. Segundo Bahia, a Cumolonimbusde fica fora de qualquer classificação de nuvens baixas, médias e altas. De acordo com o meteorologista, essas nuvens são umas caixinhas de surpresa. “Cumulonimbus são realmente nuvens de tempestades. Pode até não chover, mas tudo pode ocorrer com ela. Ela inicia lá embaixo (nuvens baixas) e cresce acima das nuvens altas. É magnífica!”, pontua.
*Estagiário sob supervisão de Pedro Grigori
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