Wanderson Mota Protácio, de 21 anos, preso por assassinar a mulher grávida de 4 meses, a enteada, de 2 anos e 9 meses, e um fazendeiro, foi encontrado morto no momento em que os policiais penais do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia entregavam o café da manhã, nesta terça-feira (18/1). O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser acionado, mas o detento estava sem vida.
Desde o dia da prisão, em 4 de dezembro do ano passado, Wanderson ficava isolado dos demais presos em uma cela individual. Em nota, a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária informou que, durante o procedimento de entrega do desjejum, os servidores do Núcleo de Custódia encontraram Wanderson desacordado.
Na cela, os agentes encontraram um lençol pendurado. O caso é investigado pela Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) como suicídio, mas apenas o laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) poderá dizer a causa da morte.
Prisão
O triplo homicídio, ocorrido em 2021, comoveu todo o DF e Goiás pelos requintes de crueldade. Em 28 de novembro Wanderson, a namorada, Raniere Aranha, e a enteada, Geysa Aranha, passaram o dia inteiro na casa da sogra, no centro de Corumbá, pois era folga de Wanderson. No fim da tarde, a mulher foi levá-los até em casa, em uma fazenda distante cerca de 25km.
Durante a noite Wanderson teria usado um facão para assassinar a mulher grávida e a enteada. Ele contou à polícia que após matar mãe e filha, trancou a porta da casa, foi até uma propriedade vizinha, furtou um revólver com seis munições e caminhou a poucos metros até uma outra residência, onde atirou contra a cabeça do fazendeiro Roberto Clemente de Matos. Ele ainda confessou ter tentado estuprar a esposa de Roberto e atirado contra o ombro da vítima.
Wanderson foi preso depois de se entregar para a polícia. Segundo as investigações, o caseiro apareceu na chácara de uma mulher durante a noite de 3 de dezembro e ela o teria convencido a se entregar, em Gameleira, cidade localizada a 56km de Abadiânia (GO). Após a prisão, Wanderson prestou depoimento na 3ª Delegacia Regional de Polícia de Anápolis e foi conduzido ao presídio da mesma cidade, onde aguardava julgamento.