A Defesa Civil enviou uma notificação de caráter emergencial ao proprietário do prédio que desabou na Área Especial 20 de Taguatinga Sul para que a demolição do edifício seja feita imediatamente. Em coletiva de imprensa promovida na tarde desta sexta-feira (14/1), o coronel e coordenador de operações da Defesa Civil, Rossano Bonerth, alertou sobre os riscos da estrutura e reafirmou que ninguém poderá entrar no prédio, pois há grandes chances de desmoronamento a qualquer momento.
O prédio residencial e comercial desabou parcialmente em 6 de janeiro e deixou cerca de 100 pessoas desabrigadas. A maioria dos moradores se hospedou em hotéis, após acordo estabelecido pela filha do proprietário. Outros ficaram na casa de familiares. Segundo informou o coronel Rossano, não será permitida a retirada dos itens dos inquilinos. "Entendemos que não há bombeiro que possa entrar no prédio, porque a edificação pode terminar de colapsar e não há segurança nenhuma. Não há literatura e matemática que explique essa edificação do jeito que está. Ficamos o primeiro, segundo e terceiro dia esperando o resto do colapso, que não aconteceu", frisou.
A Defesa Civil também utilizou estudos topográficos, em que foi percebida a diminuição da velocidade de acomodação. Apesar disso, a estrutura não traz o mínimo de segurança. Segundo a Defesa Civil, há desplacamento de revestimento de pisos, paredes e tetos, ruptura de pilares, rebaixamento de teto, além de diversas rachaduras em paredes. "Há uma única rachadura que transpassa o prédio e vai quebrando a laje e a viga. O deslocamento foi enorme. Estamos em um prédio de três andares. Ele teve um deslocamento do lado direito, no fundo e uma torção. O edifício está perdendo a anatomia e a forma", explicou Rossano.
Procurada pelo Correio, a assessoria de imprensa do proprietário informou que está na fase de cotação do serviço de demolição e não há data definida.