Depois de suspender a realização de eventos, shows e festas no Distrito Federal, o governo local avalia mudanças no funcionamento de outros setores. De acordo com o secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha, propostas de readequação de partidas de futebol e do funcionamento de bares e restaurantes, por exemplo, estão em análise.
A informação foi repassada durante coletiva nesta quarta-feira (12/1). "O governador está monitorando, em tempo real, os vários índices para que ele tome a melhor decisão no momento certo. Não está descartada a inclusão de outros eventos, mas, por enquanto, a decisão que temos é sobre shows, eventos e casas de festas com a venda de ingressos", disse. O gestor frisou que, para tomar este tipo de decisão, o governador avalia todos os índices da pandemia em conjunto.
O governador em exercício Paco Britto (Avante), também presente na coletiva, explicou que a avaliação será feita de acordo com o avanço da pandemia. "Não queremos um novo lockdown. Outras adequações nos setores produtivos serão feitas caso necessário", frisou. As possíveis mudanças contam com opiniões dos principais representantes do setores produtivos.
Nesta quarta-feira (12/1), será publicado um decreto que vai voltar a proibir a realização de eventos. Shows, festas e qualquer evento que conte com venda de ingressos estarão suspensos. A medida vem como uma tentativa de combate à pandemia de covid-19 e passará a valer imediatamente.
Covid-19
Segundo informações do Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde (SES-DF), 4.220 novos casos da covid-19 foram notificados nesta terça-feira (11/1). A taxa de transmissão do novo coronavírus chegou a 2,06. O número demonstra que um grupo de 100 pessoas pode infectar outras 206. De acordo com a última atualização da secretaria, a taxa estava em 2,01. Vale ressaltar que o índice acima de 1 demonstra que a pandemia está fora de controle.
Desta forma, o total de infectados na capital federal alcançou 531.911 mil diagnósticos positivos. Desde o início da pandemia, a pasta contabiliza que 470,5 mil são moradores do DF, 30 mil de Goiás, 6,9 mil de outros estados e 24,3 mil estão em investigação.