ENTREVISTA

DF terá ações especiais de fiscalização para evitar aglomerações no Carnaval

No programa CB.Poder, secretário de Segurança Pública do Distrito Federal destacou que intenção da pasta é sensibilizar cidadãos de que este não é o momento ideal para comemorações desse tipo

Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Júlio Danilo de Souza foi o entrevistado do CB.Poder desta terça-feira (11/1). No programa, parceria do Correio com a TV Brasília, o chefe da pasta comentou os números de homicídios do DF no ano passado, o problema da reincidência em crimes, a mudança de datas do concurso da Polícia Civil, além das medidas adotadas para evitar aglomerações neste Carnaval.

As secretarias de Segurança Pública (SSP-DF) e de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal) vão atuar na fiscalização de eventos durante o feriado em 2022, diante da alta considerável de casos de covid-19 e da gripe. "Nós temos a experiência do ano passado, em que nós também não tivemos carnaval de rua. A intenção é que possamos sensibilizar o cidadão de que (este) não é o momento para que realizar aquele tipo de atividade", afirmou Júlio Danilo à jornalista Ana Maria Campos.

O chefe da SSP-DF acrescentou que haverá uma grande operação de fiscalização para garantir que não ocorram aglomerações devido às comemorações nas ruas. "A Secretaria de Cultura está dedicada a um diálogo com (os responsáveis pelos) blocos, para que, realmente, não tenhamos nenhum tipo de transtorno durante o Carnaval", pontuou.

Índices

Sobre os dados do balanço anual de crimes violentos registrados pela pasta, Júlio Danilo destacou que os resultados seguem em tendência de queda. "O número de homicídios é o mais baixo em 22 anos. Quando pegamos o índice de assassinatos, que seria o número de mortes por 100 mil habitantes, (a indicador referente a 2021) é o melhor nos últimos 45 anos", afirmou o entrevistado.

Considerados esses tipos de delito, os únicos a apresentarem alta entre 2020 e 2021 foram os feminicídios, que tiveram sete casos a mais no ano passado. No entanto, o secretário considerou boa a diminuição das ocorrências em um desses períodos: "Tivemos uma redução de 47% nos números (de 2019, em relação a 2020), enquanto o Brasil todo registrou aumento de 5%", comparou.

Quanto à situação de acusados que cometem crimes mesmo após condenação,o secretário cobrou mudanças para que condenados deixem de voltar às prisões após conseguirem liberação. Júlio Danilo acredita que os demais poderes — Legislativo e Judiciário — também devem fazer esse acompanhamento, para alcance de resultados mais efetivos. "É importante revermos nossas normas. Talvez elas tenham de ser mais duras com criminosos reincidentes", defendeu.

Assista à entrevista completa:

*Estagiário sob supervisão de Jéssica Eufrásio

Saiba Mais