A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) teve a lagoa de lodo da Estação de Tratamento de Água do Rio Descoberto recuperada. O equipamento faz parte de um sistema de recuperação da água resultante da lavagem dos filtros da ETA Rio Descoberto e contribui para destinação ambientalmente correta da água de lavagem dos filtros da estação. A estrutura da lagoa conta com 130 metros de comprimento, 30 metros de largura e 4,50 metros de profundidade, com capacidade de armazenamento de 10 mil m ³ de volume de material.
A ETA Rio Descoberto, localizada em Taguatinga Norte, próxima a Ceilândia, é a maior estação de tratamento da Caesb e opera há 35 anos. A unidade é responsável pelo fornecimento de água de 16 regiões administrativas, equivalente a 60% da população do DF.
A tecnologia utilizada para o tratamento de água na ETA Rio Descoberto é a de filtração direta, que inclui os processos de coagulação e pré-floculação; filtração; desinfecção, fluoretação e correção do pH. Esse sistema funciona em conjunto com a estação e, na necessidade de manutenção de algum dos componentes, o lodo que é acumulado é direcionado para a lagoa de deposição.
Investimento
A capacidade de acumulação de lodo estava bastante reduzida, e, no final de 2021, foram realizados os serviços de limpeza e recuperação desse equipamento, mas a recuperação da lagoa de lodo teve início em maio de 2021, com a retirada de todo o lodo que ficou acumulado, e o transporte dele para uma cascalheira desativada e licenciada pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram). O investimento foi de R$ 350 mil.
Também foram feitos reparos na geomembrana de impermeabilização e de outros pequenos componentes da lagoa. Wellington Ribeiro de Freitas, gerente de operações da ETA RD, destacou que o serviço vai manter a destinação adequada dos resíduos das lavagens dos filtros.
Etapas
De acordo com a Caesb, na etapa de filtração, a água passa por seis camadas de areia, que são capazes de reter e remover as impurezas presentes. Regularmente deve ser feita a lavagem do leito filtrante, que faz uso da água injetada no sentido contrário ao da filtração.
Toda a água usada na lavagem do filtro passa por um pré-tratamento e volta ao início do processo de filtração, o que faz com que a perda de água da ETA RD seja próxima a zero.
Ainda segundo a Caesb, a recuperação da água da lavagem dos filtros corresponde, praticamente, a um processo à parte da estação, dada sua complexidade, assim como a quantidade de equipamentos necessários, como elevatória, adensadores de lodo, tanques equalizadores, prédio de desidratação de lodo e a lagoa de deposição.