Policiais civis da Divisão de Repressão a Roubos e Furtos da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (DRF/Corpatri) deflagraram, na tarde desta terça-feira (4/1), a terceira fase da operação M16 e cumpriram quatro mandados de prisão preventiva contra os envolvidos no assalto a um supermercado de Vicente Pires. O crime aconteceu em 6 de outubro do ano passado e os acusados utilizaram um fuzil falso para render funcionários. Um dos envolvidos é o mesmo que tentou roubar uma clínica odontológica em Ceilândia, mas a ação acabou frustrada por um policial militar que estava sendo atendido.
Imagens do circuito interno de segurança captaram a ação dos criminosos. Em 7 de dezembro, os investigadores prenderam um homem, de 21 anos, que segurava a arma de Airsoft. Nove dias depois, Lucas Junio Sousa Santos, vulgo Tutinha, 20, também acabou detido na cidade de Curionópolis (PA). À época, ele teve a foto divulgada pela PCDF e foi localizado em um bar próximo à casa de parentes.
Envolvido em assalto à clínica
Outros dois participantes do assalto foram presos nesta terça-feira. Um deles, de 19 anos, foi detido após roubar uma clínica odontológica, na QNN 1 de Ceilândia. Com duas facas, ele e um comparsa entraram no local para render as vítimas. No entanto, a ação foi frustrada por um policial militar que estava sendo atendido em uma das salas (veja o vídeo abaixo).
Enquanto estava deitado na maca, a dentista e o PM foram surpreendidos pela dupla, como mostra a filmagem. Inicialmente, o policial chegou a obedecer às ordens dos criminosos e deitou no chão com as mãos na cabeça, momento em que um dos envolvidos foi para cima do PM aparentando procurar algo na cintura dele. O subtenente levantou imediatamente, o derrubou no chão e identificou-se como militar. O segundo criminoso não teria ouvido a ordem de parada e partiu para cima do policial, que reagiu e efetuou um disparo de arma de fogo contra o ombro do suspeito.
Já o quarto envolvido no roubo ao supermercado foi detido em um bar da Estrutural. Segundo a PCDF, os quatro criminosos agem sempre com extrema violência, apontando armas para as vítimas, além de agredi-las com socos e pontapés. Os suspeitos são da Estrutural, Ceilândia e Taguatinga e acumulam antecedentes criminais. A Justiça do DF recebeu a denúncia oferecida pelo MPDFT contra os quatro presos. Todos eles responderão, presos, pelos crimes de organização criminosa e roubos circunstanciados, podendo, se condenados, cumprir penas que variam de 10 a 30 anos de reclusão.