Susto

"Um milagre", diz advogada que sobreviveu à queda de avião na Fazenda Piquet

Renata Andrea Joner é filha do fazendeiro Renato Joner, proprietário da aeronave. Ela, o pai, o esposo e filha de 2 meses vinham da Bahia para Brasília, quando foram vítimas do acidente

Darcianne Diogo
postado em 31/01/2022 22:12 / atualizado em 31/01/2022 22:13
 (crédito:  CBMDF/Divulgação)
(crédito: CBMDF/Divulgação)

Ainda abalada com o susto que levou após a queda do avião de pequeno porte na Fazenda Piquet, a advogada de Brasília Renata Andrea Joner, 36 anos, afirmou, em entrevista ao Correio, que foi agraciada com um milagre. O acidente ocorreu na manhã desta segunda-feira (31/1), na fazenda próxima a subida da Ponte JK, no Jardim Botânico.A mulher é filha de Renato Joner, 64, fazendeiro e proprietário da aeronave. Ninguém se feriu no acidente.

Renata estava acompanhada do pai, do esposo, Thiago Moreira Parry, servidor público da Defensoria Pública da União (DPU), da filha do casal, uma bebê de 2 meses, além do piloto (que não teve a identidade revelada). A família saiu de Luís Eduardo Magalhães (BA) com destino à capital federal. O Correio apurou que o destino de pouso era na pista Piquet, situada na propriedade do ex-piloto Nelson Piquet. Segundo o Corpo de Bombeiros (CBM-DF), no momento do pouso, uma rajada de vento lateral em baixa altitude fez com que o monomotor caísse para uma área de mata.

Os bombeiros atuaram no resgate às vítimas. As equipes foram acionadas por volta das 9h30 para averiguar, também, possíveis riscos de vazamento de combustível. “Na hora do acidente, havia cinco pessoas na aeronave, incluindo o piloto; todos foram atendidos por nossas equipes e se encontravam ilesos. Por precaução, mãe e bebê que estavam no avião, foram para uma unidade de saúde por meios próprios para uma avaliação médica mais detalhada”, publicou a corporação em nota. Após avaliação, foi constatado que não havia mais risco e que boa parte do produto já tinha escoado. Ainda assim, a bateria da aeronave foi desligada.

Sobrevivente


Renata trabalha em um edifício de advogados associados, no Setor Comercial Sul. A mulher estava de licença-maternidade. “Registramos apenas que estamos felizes e aliviados que todos saíram ilesos do acidente. Foi realmente um milagre!”, desabafou ao Correio. Ela confirmou à reportagem que o avião é de propriedade do pai, que estava a bordo. “Estavam comigo também o meu marido e a nossa filha, além do piloto. A aeronave era usada exclusivamente para fins particulares”, disse.

Investigação


As causas do que pode ter provocado a queda do avião serão investigadas pela Força Aérea Brasileira (FAB), sem previsão de conclusão. A apuração ficará à cargo da equipe do Sexto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa VI), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Nesse primeiro momento, os investigadores vão identificar indícios, fotografar cenas, retirar partes da aeronave para análise, ouvir relatos de testemunhas, além de reunir documentos. Em nota, a FAB esclareceu que “não existe um tempo previsto para essa atividade ocorrer, dependendo sempre da complexidade da ocorrência”. De acordo com a instituição, o objetivo dessa apuração é prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram. “A conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os fatores contribuintes”, finalizou em nota.

Policiais civis da 30ª Delegacia de Polícia (São Sebastião) também estiveram no local e descartaram a hipótese de crime.

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