SELO CORONOVAVIRUS

Mais de 6 mil novos casos

DF registrou, ontem, o maior número de infecções pelo novo coronavírus desde o início da pandemia. Em contrapartida, a taxa de transmissão recuou e está em 2,24. Ibaneis determinou a mobilização do Hospital Regional de Samambaia voltado à covid-19

Samara Schwingel
postado em 25/01/2022 00:01
 (crédito: corona)
(crédito: corona)

O Distrito Federal atingiu o maior número de casos de covid-19 registrados desde o início da pandemia, ontem, com 6.976 ocorrências. O recorde anterior foi de 17 de janeiro com 5.648 infecções notificadas. Em ambas as ocasiões, o número de diagnósticos positivos é resultado da soma dos dados de sábado, domingo e segunda-feira. Apesar disso, a taxa de transmissão caiu para 2,24 e indica que um grupo de 100 pessoas transmite a doença para mais 224. Com a ocupação de unidades de terapia intensiva (UTIs) voltados para o tratamento da doença em 94,92%, o governador Ibaneis Rocha (MDB) determinou uma nova remobilização de leitos. 

De acordo com o boletim epidemiológico divulgado ontem pela Secretaria de Saúde, o DF teve mais quatro mortes pela doença. Com a atualização, o total de infecções chegou a 568.433 e 11.143 óbitos. A média móvel é de 4.306,60, valor 201,03% maior que o registrado há 14 dias. A mediana de mortes está em três, o que indica um aumento de 50% em relação ao mesmo período.

A infectologista Ana Helena Germoglio explica que a ômicron se mostra perigosa para os não-vacinados, principalmente para os maiores de 60 anos. "A gente sempre tem que tomar um pouco mais de cuidado com os idosos para qualquer doença, incluindo covid-19", destaca. A médica afirma que, com a alta taxa de transmissão, nenhum grupo etário pode ficar tranquilo. "Ninguém pode relaxar nem os vacinados com três doses. A ômicron está infectando bastante", alerta.

UTI's

Em relação aos leitos de UTI, por volta das 16h30 de ontem, a taxa de ocupação na rede pública de saúde estava em 94,92%, com 53 dos 86 leitos com pacientes. Na rede particular, a taxa era de 58,68%, com 71 das 137 vagas em uso.

Depois da ocupação de UTIs atingir níveis críticos, o governador Ibaneis Rocha determinou que o Hospital Regional de Samambaia passe a atender apenas casos da doença, com exceção da maternidade. O anúncio foi feito pelas redes sociais do emedebista. Com a mudança, serão 27 leitos a mais na rede.

Anteriormente, o hospital contava com 40 leitos no espaço construído ao lado da unidade, que se somará com os 27 no prédio principal. Além de direcionar quase todo o funcionamento ao combate do vírus, o governador  ampliou de 26 para 37 o número de leitos de enfermaria do Hospital da Asa Norte (Hran). Agora, serão 52 leitos apenas para a covid-19.

O chefe do Executivo local usou as redes sociais para anunciar que, desde ontem, está funcionando o ponto de vacinação drive-thru noturno na UBS 1, da 612 da Asa Sul, que será destinada a imunização de adultos, das 18h às 22h. O posto aplicará a primeira e segunda doses das vacinas Astrazeneca, CoronaVac e Pfizer.

Outra mudança anunciada pelo Governo do Distrito Federal é o uso do imunizante da Pfizer somente em crianças imunossuprimidas de 5 a 11 anos e com 5 anos que tenham comorbidades e deficiência. A Secretaria de Saúde informou que há pouca disponibilidade para esse público na rede, já que as doses são diferentes das usadas em adultos. As crianças a partir dos 6 anos e que não se enquadrarem na situação de imunossuprimidos serão vacinadas com CoronaVac, imunizante que conta com mais de 400 mil doses em estoque.

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