Atropelamento

Motorista que atropelou e matou jovem pode responder por homicídio culposo

Polícia Civil do DF abriu um inquérito para apurar o caso. Matheus Menezes foi vítima de atropelamento e morreu no Hospital de Base

Darcianne Diogo
postado em 24/01/2022 16:08
 (crédito: Redes Sociais/Reprodução)
(crédito: Redes Sociais/Reprodução)

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) instaurou, nesta segunda-feira (24/1), um inquérito para apurar o caso do atropelamento que resultou na morte de um jovem, 25 anos, no Guará 2. Vinícius Couto Farago, 30, pode ser indiciado pelo crime de homicídio culposo, quando não há a intenção de matar, com aumento da pena em razão da omissão de socorro.

O caso é investigado pela 4ª Delegacia de Polícia (Guará). Após atropelar e matar Matheus Menezes, o gerente de uma empresa de gás fugiu do local e abandonou o carro próximo a uma distribuidora de bebidas da região. Vídeo exclusivo obtido pelo Correio mostra o momento em que o homem sai caminhando pela rua com uma garrafa de cerveja na mão. O carro envolvido no crime, um Fusca branco, foi apreendido.

Ao Correio, o delegado-chefe da 4ª DP, Anderson Espíndola, afirmou que o motorista possivelmente será indiciado. "O caso está em investigação. Ainda estamos colhendo depoimentos de testemunhas, que serão fundamentais", frisou. Vinícius se apresentou na delegacia um dia depois do atropelamento, na segunda-feira (17/1), na companhia de um advogado.

Acidente

O acidente aconteceu no domingo passado, por volta das 23h30. Uma testemunha relatou à polícia que lanchava em uma hamburgueria do Guará, quando uma mulher passou de carro e avisou que um Fusca branco estava estacionado na QE 40 após se envolver em um atropelamento de pedestre. Ainda em depoimento, a testemunha relatou que o motorista havia fugido sem prestar socorro e estaria em uma distribuidora de bebidas.

Após ser atropelado, Matheus foi socorrido pelo Samu e encaminhado ao Hospital de Base, onde permaneceu internado por três dias. Dado como desaparecido, familiares do jovem só souberam da morte neste sábado (22/1).

Em entrevista concedida ao Correio neste domingo (23/1), Vinícius, que também é morador do Guará, contou que se apresentou na delegacia e tentou buscar informações sobre a vítima. “Me coloquei à disposição tanto da DP, quanto do hospital para qualquer coisa", disse. Questionado sobre o motivo de ter fugido do local do acidente, o gerente afirmou que sentiu medo. “No momento, fiquei assustado, com medo de ser linchado porque veio um pessoal correndo e, por isso, fugi”, esclareceu.

Segundo Vinícius, ele não havia ingerido bebida alcoólica antes do atropelamento. Ainda em entrevista, disse que não conhecia a vítima, apenas o irmão de Matheus. O caso é investigado pela 4ª Delegacia de Polícia (Guará).

O Correio apurou que Vinícius tem duas ocorrências por trânsito. A primeira foi em 2017 e ele estava como passageiro em um veículo. Na ocasião, o carro foi abordado pela PMDF por estar em alta velocidade e Vinícius teria desacatado, resistido e desobedecido os policiais. A outra ocorrência foi no ano passado, quando Vinícius recebeu uma notificação por som alto e por estar sem o cinto de segurança.

O gerente também faz parte de um grupo de carros rebaixados. A página no Instagram acumula 1,3 milhões de seguidores. Em uma das postagens, o mesmo carro envolvido no acidente, um Fusca branco, aparece nas fotos.

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