Crime

Homem é preso por agredir e torturar esposa por suspeita de traição

Crime ocorreu em 2018, mas só agora o autor foi preso após ser condenado pelos crimes de tortura e invasão de dispositivo telemático, ambos praticados em situação de violência doméstica

Correio Braziliense
postado em 19/01/2022 13:35
 (crédito:  Lucas Pacífico/CB/D.A Press)
(crédito: Lucas Pacífico/CB/D.A Press)

Um homem, 34 anos, foi preso acusado de agredir a esposa após descobrir uma traição, na tarde desta terça-feira (18/1). O crime ocorreu em 2018, mas a prisão do autor foi realizada após o recebimento de uma denúncia anônima informando que o criminoso estaria morando na Vicente Pires, local em que foi localizado e capturado.

De acordo com as investigações, em 2018, o homem desconfiou que a companheira estaria mantendo um relacionamento extraconjugal com outro homem. Para confirmar as suspeitas, ele teria clonado a conta da vítima em um aplicativo de mensagens passando a ter acesso aos torpedos, além de cadastrar a própria biometria no aparelho celular da esposa sem que ela soubesse.

“Esses crimes foram praticados em um contexto de violência doméstica e familiar. O autor estava desconfiado que sua companheira de 13 anos de relacionamento estava mantendo relações extraconjugais com outro homem. Então, ele clonou o aplicativo de WhatsApp e passou a monitorar as mensagens”, destacou o delegado-chefe da 38ª DP, João Ataliba Neto, responsável pelo caso. A prisão do acusado faz parte da nova fase da Operação Procurados, deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

O delegado contou que o autor espancou a esposa por algumas horas consecutivas para que ela assumisse o caso com outro homem. “Para forçar a companheira a confessar a traição, o envolvido rasgou diversas roupas dela, além de injuriá-la e agredi-la violentamente durante cerca de quatro horas com tapas, socos, murros, pancadas na cabeça, pisadas, além de atos de sufocamento. E durante as agressões, o criminoso ainda ameaçou jogar a vítima nua no meio da rua”, afirmou Ataliba.

Segundo a polícia, após as agressões, o homem fugiu de casa. Ele responde a inquérito e processo judicial em liberdade. Além disso, foi determinado que o autor não se aproximasse da casa da vítima ou mantivesse qualquer tipo de contato ou mesmo comunicação com ela.

“Quando os fatos ocorreram, eles moravam em Vicente Pires e tinham uma filha, menor, de sete anos. Em razão da violência praticada, a vítima teve que ser socorrida ao Hospital Regional de Taguatinga, onde foi internada na área de ginecologia por conta das lesões sofridas no nariz, pescoço, dorso, tórax, braços, mãos, pernas, pés e genitália”, recordou o caso o delegado Ataliba.

Durante as investigações da polícia, o autor foi condenado criminalmente em primeira instância, tendo sido a sentença confirmada em segunda instância pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). O acusado foi condenado a pena de quatro anos e oito meses de reclusão, em regime inicial fechado, pelos crimes de tortura e invasão de dispositivo telemático, ambos praticados em situação de violência doméstica e familiar contra a mulher.

O homem era procurado desde novembro de 2021 e foi submetido aos procedimentos legais na delegacia. Em seguida, foi recolhido à carceragem da PCDF, onde permanece à disposição da Justiça.

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