Decreto

Decreto proíbe uso de pistas de dança no DF na tentativa de frear pandemia

Medida já havia sido sinalizada pelo governador Ibaneis Rocha no início da semana. Por estar de férias, quem assinou o texto foi o governador em exercício, Paco Britto

Pablo Giovanni*
postado em 19/01/2022 10:53
 (crédito: Renato Alves/ Agência Brasilia)
(crédito: Renato Alves/ Agência Brasilia)

Após a proibição de eventos, shows e festas na última semana, o Governo do Distrito Federal (GDF) voltou a estabelecer medidas para tentar frear a crescente curva de casos de covid-19 no Distrito Federal. Em edição do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta quarta-feira (19/1), o governo publicou decreto proibindo atividade em espaços para danças e aglomeração de pessoas, seja em eventos pagos ou gratuitos no DF.

O governador Ibaneis Rocha (MDB) havia dado a informação ao Correio na segunda-feira (17/1), sinalizando que a restrição é uma medida para combater o avanço da pandemia na capital federal. Por estar de férias, quem assinou o texto foi o governador em exercício Paco Britto (Avante). O decreto, contudo, estabelece apenas proibição de aglomeração em pistas de danças de bares, restaurantes, boates e casas noturnas, além de shows e festivais, que já fazem parte do decreto publicado pelo governo local na última quarta-feira (12/1). Aulas de dança, por exemplo, não entram no decreto.

Taxa de transmissão dispara

Com novo recorde em 2022, a taxa de transmissão do novo coronavírus atingiu o índice de 2,31 nesta terça-feira (19/1). O número é considerado como avanço da pandemia, logo que 100 pessoas transmitem o vírus para outras 231.

Para conter o avanço da pandemia no DF, a infectologista Joana D’arc Gonçalves diz que medidas precisam ser adotadas. A Secretaria de Saúde (SES) confessou que a variante ômicron já se tornou predominante na capital federal. “Muitos países europeus tentaram até fazer lockdown, mas tiveram um aumento expressivo no número de casos. É uma obrigação do governo e da população fazer o possível para achatar a curva de transmissão, porque quanto mais mais pessoas infectadas, maior o risco de adoecimento daqueles que têm doenças crônicas e, claro, daqueles que não estão vacinados, onde são maiorias de hospitalizados”, diz.

“Para tentar diminuir esse número de casos, precisamos investir no reforço das medidas essenciais: uso de máscara de forma correta. Em ambientes fechados, é essencial usarmos máscaras ideais como máscaras PFF2 e N95”, sugere. “Estamos em uma situação bem delicada no DF, e a alta de transmissão afeta vários setores produtivos, além da própria saúde para voltarmos à normalidade. Essa taxa é bem alta e ainda pode subir bem mais. Para tentarmos diminuir, as pessoas não precisam se expor de uma forma desnecessária. As pessoas têm o poder de escolher, evitando locais de grandes aglomerações. Vai ajudar a frear o contágio”.

*Estagiário sob a supervisão de Nahima Maciel

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